Trump visita cidades palco de massacres
O presidente foi recebido por manifestantes que o acusaram de fomentar o ódio.
O presidente Donald Trump visitou esta quarta-feira, entre protestos, Dayton e El Paso, locais dos dois massacres que no fim de semana custaram a vida a 31 pessoas. Tanto no Ohio como no Texas, o presidente foi contestado por centenas de manifestantes que o acusaram de semear o ódio e a violência racial.
"Trump é racista" e "o ódio não é bem-vindo" foram alguns dos cartazes que receberam Trump. A contestação foi especialmente dura em El Paso, junto da fronteira mexicana, onde o atirador que massacrou 22 pessoas num centro comercial usou retórica racista idêntica à do presidente.
Numa mensagem colocada na internet antes do ataque, Patrick Crusius, de 22 anos, alegou que "queria vingar a invasão hispânica do Texas". A frase ecoa as palavras de Trump, que tem defendido a construção do muro contra imigrantes do México com a alegada invasão hispânica em curso no Sul dos EUA.
Em Dayton, Trump não visitou a zona onde teve lugar o ataque que matou nove pessoas, para evitar tumultos. A presidente da câmara, a democrata Nan Whaley, aprovou a decisão, referindo: "As suas declarações são com frequência muito sectárias e isso é a última coisa que precisamos."
PORMENORES
PORMENORESBiden acusa o presidente
O líder da corrida democrata às presidenciais de 2020 acusou Trump de alimentar os supremacistas brancos. Joe Biden ligou as afirmações do presidente sobre uma invasão hispânica e as afirmações do atirador de El Paso, que justificou o massacre com o mesmo argumento.
Controlo de armas de fogo
O presidente Donald Trump respondeu esta quarta-feira a notícias sobre a vontade democrata de levar a votos no Congresso o controlo das armas de fogo referindo que "não há vontade política" neste momento para banir a venda de armas de guerra.
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