Trump volta a acusar Zelensky de "começar" a guerra

Putin e Biden também são culpados, disse o presidente dos EUA.

16 de abril de 2025 às 01:30
Donald Trump Foto: Manuel Balce Ceneta/AP
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O presidente norte-americano, Donald Trump, voltou a acusar Volodymyr Zelensky de ter "começado" a guerra na Ucrânia e de ser responsável, juntamente com Vladimir Putin e Joe Biden, pela morte de "milhões de pessoas".

"Não podes começar uma guerra com alguém que tem vinte vezes o teu tamanho e depois esperar que as pessoas te deem mísseis", afirmou Trump, colocando em causa a "competência" de Zelensky. "Quando começas uma guerra tens de saber que podes ganhar", sublinhou o presidente norte-americano.

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Para Trump, a responsabilidade pela invasão da Ucrânia deve ser repartida por três pessoas: "Primeiro, Putin, depois Biden, que não fazia a mínima ideia do que estava a fazer, e, em terceiro lugar, Zelensky". "Biden podia ter travado isto, Zelensky também, e Putin não devia ter começado. São todos culpados. Milhões de pessoas morreram por causa destes três", acusou, insistindo que, se ele estivesse no poder, o presidente russo não teria invadido o país vizinho. "Estive lá quatro anos e essa questão nem se pôs. Putin não se atreveu... eu disse-lhe para não o fazer", afirmou.

Entretanto, o enviado especial de Trump, Steve Witkoff, que na passada sexta-feira esteve reunido durante mais de cinco horas com Putin em Moscovo, mostrou-se esta terça-feira otimista sobre as negociações de paz em curso. "As conversações foram convincentes. Putin indicou que deseja uma paz permanente, e não apenas um cessar-fogo", revelou na 'Fox News'. Sobre as condições do presidente russo para alcançar a paz, Witkoff foi evasivo: "Falámos dos territórios ocupados, mas há muito mais para além disso. Protocolos de segurança, a ausência da NATO e do Artigo 5, tudo muito detalhado. Podemos estar à beira de algo que será muito, muito importante para o mundo inteiro", indicou.

O Kremlin foi mais contido nas suas declarações. Dmitry Peskov, porta-voz da Presidência russa, disse esta terça-feira que "não existe ainda uma imagem clara" do que poderá ser um futuro acordo de paz, embora tenha sublinhado que existe "vontade política para avançar", referindo-se aos contactos com os EUA como "construtivos e significativos".

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