Turquia emite mandado de detenção contra Netanyahu
Primeiro-ministro israelita é acusado de "genocídio" e "crimes de guerra" em Gaza.
O gabinete do Procurador-Geral de Istambul, Turquia, emitiu na sexta-feira mandados de captura contra o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, e mais de 30 outros responsáveis políticos e militares israelitas, por "genocídio" e "crimes de guerra" em Gaza.
Na base das acusações está o que a Procuradoria turca refere como a "violência sistemática" contra civis, o bloqueio da ajuda humanitária e a negação do acesso à assistência médica. O relatório que acompanha a acusação detalha vários dos alegados crimes cometidos pelas forças israelitas, incluindo ataques contra hospitais e trabalhadores humanitários, bem como o assalto à flotilha internacional que levava ajuda humanitária a Gaza, em setembro.
Além de Netanyahu, foram emitidos mandados de detenção contra outros 36 responsáveis israelitas, incluindo o Ministro da Defesa, Israel Katz, o ministro da Segurança Nacional, Itamar Ben-Gvir, e o chefe do Estado-Maior, Eyal Zamir.
O governo israelita rejeitou as acusações como "uma manobra de propaganda" do presidente turco, Tayyip Erdogan, e lembrou que a Justiça turca tem sido usada para silenciar e prender rivais políticos, jornalistas e outros críticos do regime, incluindo o presidente da câmara de Istambul, Ekrem Imamoglu, que foi detido em março por supostos crimes de corrupção e terrorismo.
Netanyahu já tinha sido alvo no ano passado de um mandado internacional de detenção emitido pelo Tribunal Penal Internacional (TPI), por crimes de guerra em Gaza.
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