Virgínia: redes sociais no centro da tragédia

Foi através das redes sociais que o homicida Vester Lee Flanagan publicitou a sua própria filmagem do duplo homicídio de Alison Parker (jornalista) e Adam Ward (repórter de imagem) ocorrido na quarta-feira, no estado da Virgínia, nos EUA. O vídeo do crime foi rapidamente removido, mas isso não o impediu de se tornar viral.

O YouTube, o Twitter e o Facebook têm políticas apertadas relativamente à violência e aos conteúdos considerados sensíveis, e isso ficou claro na rapidez com que reagiram a esta notícia.

O Twitter, onde o homicida chegou a confessar o crime, apagou a conta de Vester Lee Flanagan (@bryce_williams7), mas imagens dos seus tweets continuam a estar disponíveis na Internet. Por seu lado, Chris Hurst, namorado de Alison Parker, usou esta mesma rede para lhe prestar homenagem e revelar imagens inéditas do casal.

Vídeo ainda disponível

Já o Facebook removeu um vídeo do duplo homicídio, mas não bloqueou o acesso às páginas das vítimas. As fotografias partilhadas pelos jornalistas da estação de televisão WDBJ7 foram usadas em muitos meios de comunicação como alternativa às imagens do crime.

O YouTube tentou monitorizar os vídeos do crime introduzidos ao longo das horas que se seguiram. Contudo, as imagens continuam disponíveis.

A utilização destes meios por cidadãos repórteres e testemunhas de eventos mediáticos faz com que estes se tornem uma potencial fonte de informação. No entanto, as redes analisam estes acontecimentos caso a caso de forma a evitar a violência gratuita, especialmente quando esta não é devidamente contextualizada.