UE critica condenação de dois jornalistas em Hong Kong e ataque à liberdade de imprensa

Chung Pui-kuen e Lam Shiu-tung foram considerados culpados dos crimes de conspiração para produzir e publicar material que incita à sedição.

29 de agosto de 2024 às 13:48
Chung Pui-kuen e Patrick Lam Foto: Tyrone Siu/Reuters
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A União Europeia (UE) criticou esa quinta-feira a condenação de dois jornalistas independentes em Hong Kong, considerando que é "mais um sinal do enfraquecimento da liberdade da imprensa" no território administrativo chinês.

Em comunicado, a porta-voz do Serviço de Ação Externa da UE Nabila Massarali condenou a decisão judicial aplicada a Chung Pui-kuen e Lam Shiu-tung, dois antigos editores do agora encerrado Stand News, um órgão de comunicação social independente que pertencia ao grupo Best Pencil (Hong Kong) Limited, também encerrado.

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Os dois jornalistas foram considerados culpados dos crimes de conspiração para produzir e publicar material que incita à sedição.

"Esta condenação é mais um sinal do enfraquecimento da liberdade de imprensa, um direito fundamental que está inscrito na Lei Fundamental de Hong Kong", sustentou a porta-voz.

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A decisão "arrisca inibir a troca pluralista de ideias e a livre transmissão de informação, ambas pedras basilares do sucesso económico de Hong Kong".

Nabila Massarali também criticou o processo que conduziu à condenação, já que o julgamento durou 57 dias, em vez dos habituais 20.

"A UE apela às autoridades de Hong Kong que reponham a liberdade de imprensa no território e que parem de perseguir jornalistas. A preservação dos media livres, independentes e pluralistas é vital para sociedades resilientes e saudáveis", completou.

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