Um milhão nas ruas de Barcelona pela independência
Referendo a 1 de outubro é “processo ilegal” para Madrid.
O presidente da Generalitat, o governo da Catalunha, Carles Puigdemont, aproveitou ontem a comemoração da ‘Diada’, que levou um milhão de pessoas às ruas de Barcelona, em mais uma grande marcha pró-independência realizada na data que assinala a tomada da cidade pelas tropas espanholas em 1714, para garantir que o referendo em que será perguntado aos catalães se pretendem a independência irá realizar-se a 1 de outubro.
O Tribunal Constitucional de Espanha suspendeu na semana passada as leis aprovadas pela Assembleia Nacional da Catalunha (de maioria pró-independência) para dar cobertura ao ato, mas Puigdemont insistiu que "não é uma opção que o referendo não vá avante" a 20 dias da data.
Ainda assim, lembrou que estava disposto a acordar com Madrid um referendo em 2019. "Até ao último minuto haverá tempo para negociar. Se o governo espanhol quiser negociar, podemos falar de tudo", disse no final da marcha, onde não esteve a presidente da Câmara de Barcelona, Ada Colau.
Apesar da enchente de pessoas com bandeiras catalãs e cartazes a apelar ao ‘sim’, levando a Guarda Urbana a apontar para o milhão de participantes, a delegação do governo de Espanha disse que só houve 350 mil na rua e Madrid alega que muitos catalães recusaram o "processo ilegal liderado pelo setor mais radical da política".
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