União Europeia prepara ataque a homofobia húngara
Grupo condena governo de Viktor Orbán por causa de nova lei que bane conteúdos homossexuais do horário nobre.
O Conselho Europeu que esta quinta-feira arrancou em Bruxelas está já marcado por um tema forte: a união do clube europeu contra a Hungria e contra o PM Viktor Orbán.
Em causa está uma lei aprovada na semana passada pelo parlamento húngaro, que proíbe homossexuais de ambos os sexos de serem mostrados em materiais educativos, em programas de TV e filmes para crianças.
Um grupo de 17 países, encabeçado por Alemanha e França, acusam Orbán de violar as normas europeias contra a discriminação. Antes da reunião, a chanceler Angela Merkel e o presidente Emmanuel Macron, sem referir a Hungria, assinaram uma carta conjunta prometendo combater a discriminação contra a comunidade LGB.
Mas, antes da reunião dos líderes europeus, a afirmação mais dura chegou do PM holandês. “A Hungria já não tem lugar na União Europeia”, afirmou Mark Rutte.
Na chegada a Bruxelas, Orbán negou o objetivo de pôr em causa direitos dos gays: “Não é contra a homossexualidade. O que está em causa são os direitos das crianças e dos pais”.
De facto, a lei centra-se no agravamento de penas para pedófilos, mas a emenda aprovada dia 15 proíbe a promoção da homossexualidade junto de menores de 18 anos. Entre outras coisas, séries de TV como ‘Friends’ e filmes como os de Harry Potter só poderão ser transmitidos em horário tardio.A ‘depuração’ dos currículos educativos também preocupa, pois o governo de Orbán passa a controlar quem ensina educação sexual nas escolas húngaras e com que conteúdos.
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