Sim à independência vence com 90% dos votos na Catalunha
Referendo ilegal descambou em violência. 844 pessoas e 33 agentes policiais ficaram feridos.
23h30 - 90% dos votos dizem sim à independência da Catalunha. Resultados oficiais foram divulgados por Jordi Turull, porta-voz do governo catalão:
2.020.144 votos a favor do sim (90%)
176.766 votos de não à independência (7,8%)
23h32 - Cerca de 40 organizações sindicais, políticas e sociais da Catalunha apelaram hoje para a realização de uma greve geral na região na terça-feira, em reação à intervenção do Estado espanhol contra o referendo independentista, proibido pelo Tribunal Constitucional. 22h50 - 22h20 - 22h08 -
Sem se referir ao Podemos (a terceira maior força partidária), que desafiou o PSOE a juntar forças para fazer cair o Governo do PP pela sua gestão no processo da Catalunha, Sánchez insistiu que os socialistas defenderão sempre o Estado de direito, apesar de um PP que "está a ser arrastado pelas circunstância" e que superou "os limites da sua própria incapacidade".
"O tempo da inação acabou", considerou o líder do PSOE, que desafiou o presidente do Governo, Mariano Rajoy, a liderar um novo tempo de diálogo entre o Estado e a Catalunha. 21h55 - O presidente do governo regional da Catalunha, Carles Puigdemont, declarou hoje que, após o referendo, os catalães ganharam "o direito a ter um "Estado independente" e anunciou que remeterá ao parlamento regional o resultado da votação.
"Hoje, com esta jornada de esperança e também de sofrimento, os cidadãos da Catalunha ganharam o direito a ter um Estado independente que se constitua em forma de república", sublinhou, numa declaração no Palau, a sede do governo, acompanhado pelos membros do executivo regional.
Puigdemont anunciou que enviará, "nos próximos dias", ao parlamento catalão "os resultados" da consulta de hoje, para que "atue de acordo com o que está previsto na lei do referendo".
21h11 - Número de feridos em confrontos na Catalunha sobe para 844. 20h48 -
"O presidente Mariano Rajoy tem de responder ao mundo pelo que hoje fez ao povo catalão (...) Rajoy optou pelo mais vulgar, a repressão brutal (...), inclemente contra gente inocente", disse Maduro durante o seu programa semanal de televisão.
Maduro disse que o povo catalão "tem direito à democracia, à paz, à liberdade" e hoje produziu "um evento histórico de caráter político, democrático, ao expressar a sua opinião".
"Este é um dia que ficará para a história da luta do povo catalão pela democracia", disse Maduro.
Nicolás Maduro fez ainda votos para que o diálogo se imponha no confronto com Madrid, insistindo que respeita os assuntos internos de Espanha, sublinhando que Catalunha "soma séculos" a lutar pela independência.
"Resiste Catalunha, a América Latina admira-te", concluiu Maduro, entre aplausos dos adeptos. 20h41 - Número de agentes de segurança feridos sobe para 33 (19 da Polícia e 14 da Guardia Civil).20h18 - "Todos somos Espanha!", gritou-se no estádio do Santiago Bernabéu.
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt