Bolsonaro minimiza recorde de 100 mil mortes por covid-19 no Brasil
"Vamos tocar a vida e buscar uma maneira de se safar desse problema", afirmou o presidente brasileiro.
O presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, voltou a minimizar os trágicos números da pandemia de coronavírus no Brasil e deu pouca importância ao facto de o país ir atingir nas próximas horas o assustador número de 100 mil mortes pela Covid-19. Numa live, Bolsonaro lamentou as mortes mas emendou logo em seguida que o importante é seguir em frente.
"A gente lamenta todas as mortes, está a chegar ao número de 100 mil (mortes por Covid-19 no Brasil) talvez hoje. Mas vamos tocar a vida, tocar a vida e buscar uma maneira de se safar desse problema", afirmou Bolsonaro num tom nada consternado ao lado do ministro interino da Saúde, o general Eduardo Pazuello, mudando imediatamente de assunto.
O pouco interesse de Jair Bolsonaro pela trágica marca a que o Brasil pode chegar ainda este sábado, já que esta sexta-feira o país já estava perto dos 99 mil mortos por Covid-19 e costuma ter mais de mil óbitos por dia, causou polémica nas redes sociais. Mas o menosprezo do presidente não é novidade, e ele já disse até coisas piores e frases bem mais ofensivas.
Numa ocasião, ao ser informado por jornalistas que os casos de coronavírus tinham disparado no Brasil, Bolsonaro respondeu "E daí", e em outra oportunidade, confrontado com o elevado número de óbitos pela doença retrucou, "todos nós vamos morrer um dia, é a vida". Sempre irritado quando o assunto é a pandemia de coronavírus, que no início ele dizia ser uma invenção da imprensa mundial e depois menosprezou comparando a Covid-19 a uma simples "gripezinha", em uma outra ocasião, ao ser perguntado se sabia quantas pessoas tinham morrido nesse dia por complicações provocadas pelo coronavírus, o presidente disparou, "Não sei, não. quem sabe de mortos é coveiro, eu não sou coveiro.
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