Vídeo que mostra polícia a disparar sobre condutor choca EUA
Família da vítima pede justiça. Jovem, de 25 anos, foi baleado na cabeça.
O vídeo de uma perseguição policial nos EUA que acabou em nove tiros disparados contra o condutor, um jovem de 25 anos, está a chocar os Estados Unidos da América.
As imagens remontam ao dia 17 de novembro de 2016, na Carolina do Sul, quando a vítima mortal, Bijan Ghaisar, que conduzia um Jeep, não acatou a ordem de paragem das autoridades.
Ao ser mandado parar pela primeira vez, Ghaisar abrandou e foi abordado por um polícia que lhe apontou a arma. No vídeo, é possivel ver o carro do jovem a arrancar novamente iniciando-se aqui a trágica perseguição polícial.
Quando conseguem alcançar Bijan, os polícias dispararam nove tiros contra a janela do condutor que permaneceu sempre fechada. Bijan morreu dez dias depois do incidente.
Os advogados da vítima afirmam, segundo o Washington Post, que Ghaisar foi baleado quatro vezes na cabeça e uma vez no pulso, afirmando ainda que o jovem estava desarmado.
O vídeo foi gravado por um polícia do Fairfaix County que seguiu a patrulha durante a perseguição. O FBI está a investigar o caso mas não avança qualquer informação sobre o mesmo.
Segundo os jornais americanos, o jovem travou de repente e um carro da UBER embateu contra a sua traseira. Foi o motorista desse veículo que chamou as autoridades e informou que Ghaisar tinha fugido.
"O relatório do acidente é apenas mais uma prova de que um jovem foi morto injustamente por polícias dos EUA. Todo este incidente começou quando Bijan Ghaisar foi atingido [no carro] por outro motorista e depois, baleado pela polícia. Nesta altura, é incompreensível que os oficiais sejam autorizados a viver a sua vida autonomamente depois de tirarem a vida a outra pessoa. A família de Bijan Ghaisar quer respostas e isso não é pedir demais", disse Roy Austin, advogado da família.
A polícia afirma que o comportamento de Ghaisar é uma "incógnita" visto não encontrarem razões para o jovem ter fugido. Bijar não tinha antecedentes criminais.
Kelly Ghaisar, mãe do jovem, pede para que o caso do filho não seja esquecido. "Queremos que todos os que ficaram em silêncio, protegendo o atirador do nosso filho, saibam que ficar em silêncio é o equivalente a puxar o gatilho", disse.
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