Viúva de Mandela chora ao receber bandeira que cobria caixão

Funeral de Estado do líder histórico realiza-se amanhã. (Atualizada às 14h57)

14 de dezembro de 2013 às 12:50
África do Sul, viúva, Nelson Mandela, bandeira, caixão, Graça Machel Foto: Getty Images
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A viúva de Nelson Mandela, Graça Machel, chorou este sábado ao receber a bandeira do Congresso Nacional Africano (CNA) que cobriu o caixão do seu marido durante a cerimónia fúnebre oficial, noticia a agência Efe.

Vestida de negro, Graça Machel teve de limpar, por várias vezes, as lágrimas, depois de receber a bandeira com as cores da África do Sul das mãos do Presidente sul-africano, Jacob Zuma.

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Durante a cerimónia, Machel ouviu atenta os discursos, sentada na primeira fila, junto a Jacob Zuma e à ex-mulher do antigo Presidente sul-africano Winnie Madikizela-Mandela.

O funeral de Estado de Nelson Mandela será realizado no domingo em Qunu, no sul, onde o antigo Presidente sul-africano passou parte da sua infância, na presença de cerca de cinco mil pessoas, incluindo líderes internacionais.

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Cerca de cem mil sul-africanos prestaram homenagem a Nelson Mandela nos três dias em que o seu corpo esteve em câmara ardente na sede do Governo em Pretória. Nelson Mandela morreu a 5 de dezembro em Joanesburgo, aos 95 anos.

AVIÃO COM CORPO DE ANTIGO PRESIDENTE CHEGA À PROVÍNCIA (14h56)

O avião com o corpo de Nelson Mandela chegou, este sábado, ao aeroporto de Mthatha, cidade situada a 30 quilómetros de Qunu, aldeia onde o antigo Presidente sul-africano cresceu e onde será sepultado no domingo.

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O avião militar Hércules C-130 aterrou cerca das 13h30 locais (11h30 em Lisboa), depois de ter saído às 11h58 locais (09h58 em Lisboa) da base militar aérea de Waterkloof, perto de Pretória, após uma cerimónia fúnebre do Congresso Nacional Africano (CNA), segundo a agência Efe.

A aeronave foi recebida com gritos de alegria por uma multidão que aguardava no aeroporto, onde a guarda de honra recebeu o corpo de Mandela.

Em Qunu, dezenas de pessoas esperam, entre danças tradicionais africanas, o caixão com o corpo do herói sul-africano da luta contra o regime do 'apartheid'.

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MÁRIO SOARES RECORDA “O AMIGO” COMO HOMEM EXCECIONAL (12h59)

O antigo Presidente da República Mário Soares recordou, este sábado, "o amigo" Nelson Mandela como um homem excecional e uma figura que conseguiu marcar o Mundo inteiro.

"Foi um homem de liberdade, que lutou contra o colonialismo e defendeu os valores da paz, da igualdade e da fraternidade", declarou Mário Soares, numa homenagem em Lisboa ao antigo Presidente sul-africano, que morreu no dia 5 de dezembro aos 95 anos.

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Algumas dezenas de pessoas juntaram-se hoje na Igreja de São Jorge, em Lisboa, para um tributo a Mandela, cerimónia promovida pela embaixada sul-africana.

DESMOND TUTU AUSENTE NO FUNERAL DO AMIGO (12h56)

O arcebispo sul-africano Desmond Tutu, ícone da paz no seu país, estará ausente, no domingo, no funeral do seu amigo e companheiro de luta Nelson Mandela, segundo noticia a imprensa local.

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O prémio Nobel da Paz Desmond Tutu, frequentemente crítico do governo sul-africano, indicou este sábado que não assistirá ao funeral do seu amigo e companheiro de luta Nelson Mandela no domingo em Qunu, sul da África do Sul, porque não foi convidado.

O antigo arcebispo anglicano do Cabo anulou a viagem porque não recebeu qualquer convite ou acreditação, indicou o gabinete de empresa de Tutu num comunicado.

"Mesmo que eu adorasse assistir à cerimónia para me despedir de uma pessoa que eu amava, seria faltar ao respeito a 'Tata' (Nelson Mandela) impor-me no que foi apresentado como um funeral estritamente familiar", declarou Tutu.

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"O arcebispo não foi acreditado como membro do clero para o evento e não assistirá", indicou a filha do Prémio Nobel da Paz à agência noticiosa France Press.

Anteriormente, um porta-voz de Desmond Tutu, Roger Friedman, recusou comentar as notícias que sugerem que o arcebispo foi excluído devido à atitude crítica em relação ao ANC, partido que Mandela levou ao poder em 1994.

FAMÍLIA DO ANC REUNIDA PARA DIZER ADEUS AO ANTIGO LÍDER (12H53)

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A urna de Nelson Mandela, envolta nas cores da África do Sul, foi transferida esta manhã para o aeroporto militar perto de Pretória para uma cerimónia do Congresso Nacional Africano (ANC), transmitida em direto.

O caixão, que deve fazer sua última viagem para a terra natal do herói da luta contra o regime do apartheid, em Qunu, foi retirado cuidadosamente do carro fúnebre, segundo imagens transmitidas pela emissora pública SABC2 e citadas pelas agência francesa AFP. Mandla Mandela, neto mais velho do ex-presidente sul-africano, estava ao lado do caixão seguindo a tradição.

As mais altas personalidades do partido que Mandela levou ao poder em 1994 marcaram presença na cerimónia, incluindo os sucessores Thabo Mbeki (1999-2008) e Jacob Zuma (desde 2009), assim como a sua mulher Graça Machel, 68 anos, e a ex-mulher Winnie Madikizela-Mandela.

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A cerimónia, que decorreu num ambiente formal e de meditação religiosa, foi reservada a um grupo de militantes com as cores amarelas e verdes do ANC, militantes comunistas (SACP, na sigla inglesa), sindicalistas vestidos de vermelho e antigos veteranos da luta contra a segregação racial como o pastor norte-americano Jesse Jackson.

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