Wall Street cai depois de Trump ameaçar agravar taxas sobre importações da China

Resultado da sessão indica que o índice seletivo Dow Jones Industrial Average caiu 1,90% e o tecnológico Nasdaq 3,56%.

10 de outubro de 2025 às 23:54
Wall Street Foto: Mark Lennihan/ AP
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A bolsa nova-iorquina encerrou esta sexta-feira em baixa, a reagir com desagrado à ameaça de Donald Trump de aumentar substancialmente as taxas alfandegárias sobre as importações provenientes da China.

O resultado da sessão indica que o índice seletivo Dow Jones Industrial Average caiu 1,90% e o tecnológico Nasdaq 3,56%.

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Mas o alargado S&P500, ao recuar 2,71%, conheceu a queda mais acentuada desde o caos causado em abril pela guerra comercial lançada por Trump.

Agora, este deixou escapar esta sexta-feira a sua cólera contra a China, depois de esta decidir aplicar novas restrições às exportações das ditas terras raras, um produto ultrassensível nas relações sino-norte-americanas, pela sua importância na economia dos EUA.

Face a uma China que se está a tornar "muito hostil", é necessário, entende, "contra-atacar financeiramente".

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Uma das respostas elencadas por Trump é um aumento "massivo" das taxas alfandegárias sobre os produtos chineses importados pelos EUA, como escreveu na sua rede social.

Esta reação "perturbou a calma" em Wall Street e "recordou que a incerteza comercial continua a travar os mercados", comentou Angelo Kourkafas, da Edward Jones, em declarações à AFP.

Na sua opinião, "ao mesmo tempo, isto representa uma boa desculpa para fazer alguns ganhos, depois de uma valorização de 35% do S&P500 desde abril".

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Para Kourkafas, este recuo pode ser apenas temporário.

"Já vimos numerosas situações deste tipo", com "ameaças que acabaram por se retiradas", especificou.

Por outro lado, "uma alteração significativa nas relações bilaterais" entre as duas principais económicas mundiais pode mudar o tom, opinou.

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Na sexta-feira, "os investidores procuraram valores refúgio", coo os da dívida pública dos EUA, apontou Jose Torres, da Interactive Brokers.

Entretanto, os investidores ficaram a saber que o índice de preços no consumidor relativo a setembro vai ser publicado em 24 de outubro, mais de uma semana depois da data inicial, devido à paralisia de vários serviços do governo federal, devido ao impasse orçamental no Congresso.

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