Trata-se de Lam Man-chung, responsável pela última edição do diário.
A polícia de Hong Kong anunciou hoje a detenção de mais um ex-editor do jornal Apple Daily, obrigado a encerrar em junho, por publicar artigos que alegadamente violavam a lei de segurança nacional.
Em comunicado, a polícia disse que o antigo editor, de 51 anos, foi detido por "conluio com forças estrangeiras", um crime previsto na lei da segurança nacional que Pequim impôs ao território, no ano passado.
De acordo com a agência de notícias France-Presse (AFP), que citou fonte policial, trata-se de Lam Man-chung, responsável pela última edição do diário.
Lam é o nono funcionário do jornal a ser detido desde junho, ao abrigo da lei da segurança nacional.
Conhecido pelas críticas ao Governo chinês e ao executivo local, o diário foi obrigado a encerrar em 24 de junho, após 26 anos de existência, depois da detenção de vários funcionários e o congelamento dos bens do grupo de comunicação a que pertencia.
Em 17 de junho, mais de 500 polícias invadiram as instalações do jornal, numa operação que resultou na detenção de cinco responsáveis e no congelamento de bens no valor de 18 milhões de dólares de Hong Kong (cerca de 1,9 milhões de euros) de três empresas ligadas ao Apple Daily.
Fundado em 1995, o Apple Daily foi um firme apoiante do movimento pró-democracia e dos protestos antigovernamentais que abalaram o território em 2019.
O proprietário do diário, o magnata Jimmy Lai, cumpre atualmente uma pena de vários meses de prisão pela participação nas manifestações, e enfrenta ainda acusações por "conluio com forças estrangeiras", alegadamente por defender sanções contra dirigentes de Pequim e de Hong Kong.
Cerca de mil empregados do grupo de comunicação detido por Lai perderam o emprego, incluindo 700 jornalistas.
O encerramento do jornal levou a Associação de Jornalistas de Hong Kong (HKJA, na sigla em inglês) a afirmar, na semana passada, que a liberdade de imprensa na antiga colónia britânica está "em farrapos" .
Em 08 de julho, o Parlamento Europeu adotou uma resolução que apela à libertação dos jornalistas do Apple Daily.
Os eurodeputados aprovaram o relatório, com 578 votos a favor, 29 contra e 73 abstenções, que apela à libertação "imediata e incondicional" dos jornalistas, bem como dos ativistas e representantes políticos, que "exerceram simplesmente o seu direito à liberdade de expressão".
Além disso, o Parlamento Europeu solicitou que a Comissão Europeia e os Estados-membros abordem a lei de segurança nacional como uma prioridade na agenda de todas as reuniões entre a UE e a China.
A resolução convida a Comissão, o Conselho e os Estados-membros a recusarem os convites da China aos representantes governamentais e diplomatas para participarem nos Jogos Olímpicos de Inverno de Pequim 2022, a menos que o Governo chinês demonstre uma melhoria no cumprimento dos direitos humanos em Hong Kong e noutras regiões da China.
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