"À beira do colapso". É desta forma que a polícia de Hong Kong descreve a situação de tumulto que se vive naquela cidade. Nas últimas horas, os confrontos entre polícia e manifestantes subiram de tom após uma universidade ter sido incendiada num cenário de batalha campal.
Um ambiente de instabilidade e protestos que dura há já seis meses após um controverso projeto de lei de extradição de Hong Kong para a China. Em setembro, Carrie Lam, líder de Hong Kong, retirou o projeto de lei mas os protestos já tinham escalado. Muitos pedem agora uma melhor democracia e uma investigação à situação política que se vive.
Esta terça-feira, a polícia chegou mesmo a disparar gás lacrimogéneo contra os manifestantes.
Estes confrontos ocorrem um dia depois de a polícia ter disparado contra um manifestante, e este ter ficado ferido com gravidade, e um homem ter sido incendiado num dos piores protestos da cidade.
Mais de mil manifestantes, muitos com roupas de escritório e máscaras, reuniram-se pelo segundo dia durante a hora do almoço, bloqueando estradas e causando o caos.
Mais de 12 pessoas foram detidas, muitas delas presas na calçada contra a parede. A polícia alega que os "manifestantes" mascarados cometeram atos "loucos", tendo atirado lixo, bicicletas e outros detritos nas linhas do metro e paralisado o transporte na cidade.