"No mercado de trabalho alemão houve sinais de uma evolução mais fraca em Junho, e por isso o desemprego desceu menos do que é habitual neste mês", disse o presidente da BA, Frank-Juergen Weise, na apresentação dos novos dados.
Na comparação homóloga com Junho de 2011 havia menos 84 mil desempregados, disse o mesmo responsável.
Quanto à população activa, segundo dados de maio, subiu para 41,58 milhões, mais 561 mil do que há um ano, adiantou ainda Weise.
A procura de técnicos especializados continua a ser elevada e há actualmente 499 mil vagas, sobretudo nos ramos da metalurgia, indústrias eléctricas, construção de máquinas e veículos, logística e saúde, referiu ainda a BA.
Vários analistas mostraram, no entanto, algum pessimismo quanto à evolução do mercado de trabalho.
"A retoma está a perder velocidade, devido ao fardo que constitui a crise das dívidas soberanas na zona euro", constatou Rolf Schneider, economista do grupo Allianz.
O mercado de trabalho alemão começa também a sofrer os efeitos do aumento da emigração oriunda dos países da moeda única em crise e da quebra nas exportações, sublinhou Steffen Henzel, do Instituto de Economia de Munique.
Há também quem considere o actual abrandamento passageiro, caso de Eckardt Ruchfeld, analista do Commerzbank, que espera o regresso da redução mais acelerada do desemprego após o verão.