Gestos foram considerados "chocantes" e "crimes contra a democracia".
A Alemanha, Israel e o Museu do Holocausto, entre outros, emitiram comunicados externando indignação e revolta pelas saudações nazis feitas por apoiantes do Presidente Brasileiro, Jair Bolsonaro, durante as manifestações desta quarta-feira em que foi pedida uma intervenção militar para perpetuar o actual chefe de Estado no poder e impedir a tomada de posse em Janeiro do presidente eleito, Lula da Silva.
Os gestos foram considerados "chocantes" e "crimes contra a democracia".
Nas manifestações desta quarta-feira, promovidas por seguidores radicais de Jair Bolsonaro junto a instalações militares em várias cidades brasileiras e elogiadas pelo presidente como actos legítimos da insatisfação popular, manifestantes em alguns pontos exibiram símbolos nazis ou fizeram a tristemente célebre saudação com que Adolf Hitler gostava de ser cumprimentado.
Num dos casos, ocorrido na cidade de São Miguel do Oeste, no estado de Santa Catarina, onde grande parte dos habitantes é descendente de alemães, o gesto foi filmado e as imagens correram rapidamente o mundo e provocaram indignação.
"Rejeitamos qualquer forma de referência nazista, no Brasil ou em geral. Estamos preocupados com esse fenômeno aqui (no Brasil) e contamos com as autoridades competentes para que tomem as providências necessárias para acabar com esse tipo de actos ultrajantes."-Disse a Embaixada de Israel em Brasília em comunicado, mostrando a sua revolta e indignação e esperando que as autoridades brasileiras façam alguma coisa.
A Embaixada Da Alemanha no Brasil também se posicionou de forma indignada. O embaixador, Heiko Thoms, lembrou que a apologia ao nazismo afronta a democracia e é crime em todo o território brasileiro.
"O uso de símbolos nazistas e fascistas por "manifestantes", claramente de extrema-direita, é profundamente chocante. Apologia ao nazismo é crime.
Não se trata de liberdade de expressão, mas de um ataque à democracia e ao estado de direito no Brasil."-Escreveu Thoms, numa crítica também a Jair Bolsonaro.
O presidente costuma dizer que os crimes praticados por seguidores seus estão a coberto da liberdade de expressão, e quarta-feira, num vídeo em que pediu a camionistas que bloqueiam estradas desde domingo para as desobstruírem, elogiou as outras manifestações promovidas à porta de quartéis pedindo às Forças Armadas para tomarem o poder, dizendo que faz parte do jogo da democracia, mesmo estando a pedir o fim dela.
Além das duas representações diplomáticas, grupos judaicos e outras entidades no Brasil e no mundo emitiram comunicados repudiando o gesto dos seguidores de Bolsonaro.
O Museu do Holocausto lamentou o ocorrido e afirmou que "a estética e o contexto social e histórico deveriam ser suficientes para que não precisássemos nos deparar com cenas ofensivas como esta", enquanto o grupo Judeus Pela Democracia alertou os bolsonaristas envolvidos nos actos, "Bolsonaristas, se vocês não são nazistas, estão a lutar ao lado deles".
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