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Associação de Ténis admite sair da China se desaparecimento de Peng Shuai não for investigado

Preocupação em torno da segurança da tenista chinesa cresce internacionalmente depois do seu desaparecimento.

19 de novembro de 2021 às 12:29

O presidente da Associação de Ténis Feminino (WTA), Steve Simon, admitiu na quinta-feira à CNN estar disposto a suspender as competições na China se o desaparecimento da tenista Peng Shuai não for investigado de forma completa e adequada.

"Estamos totalmente preparados para retirar [da China] todas as nossas atividades e enfrentar as complicações que surgirem", disse o presidente da WTA, organismo que tutela o circuito de ténis profissional feminino.

Steve Simon, que já tinha demonstrado preocupação pela incerteza do paradeiro e segurança de Peng Shuai, após esta ter acusado um antigo vice-primeiro-ministro chinês de violação, frisou que "as mulheres devem ser respeitadas e não censuradas".

A preocupação em torno da segurança de Peng Shuai cresce internacionalmente depois do seu desaparecimento, logo após esta ter acusado uma ex-autoridade do seu país de abuso sexual, apesar de a imprensa estatal chinesa ter divulgado uma carta atribuída à atleta em que garante estar bem.

"Não estou desaparecida. As alegações de abusos sexuais não são verdadeiras. Estou a descansar em casa e estou bem. Obrigado pela sua preocupação", lê-se na mensagem da tenista chinesa, supostamente dirigida a Steve Simon.

O caso Peng Shuai remonta a 2 de novembro, quando a jogadora, de 35 anos e número 189 no mundo, denunciou a suposta violação de Zhang Gaoli, de 75, que foi vice-presidente chinês entre 2012 e 2017, por meio do seu perfil na rede social Weibo.

A tenista, que venceu 23 títulos de pares femininos, entre os quais Wimbledon, em 2013, e Roland Garros, em 2014, acusou o ex-vice-primeiro-ministro Zhang Gaoli de, há três anos, a ter forçado a ter relações sexuais.

Na mesma publicação, que foi retirada da rede social chinesa Weibo, Peng Shuai admitiu ter tido relações sexuais com o governante uns anos antes do incidente e que, na ocasião, tinha sentimentos por Zhang Gaoli.

Entretanto, após várias vezes questionados, os porta-vozes do Ministério das Relações Exteriores da China disseram desconhecer completamente o caso, que se recusaram a comentar, argumentando que não se tratava de uma questão diplomática.

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