A edição de hoje
Cavaco Silva alerta para o "sofrimento das populações”.
O Presidente da República apelou ontem ao fim dos bloqueios que impedem a resolução da guerra civil na Síria e a consequente crise de migrantes que afeta a Europa.
"A trágica situação humanitária na Síria, no Iraque, na Líbia e em tantos outros cenários de conflito deve impelir-nos a agir de forma solidária e responsável", frisou Cavaco Silva num discurso durante a abertura da 70.ª Assembleia-Geral das Nações Unidas, em Nova Iorque.
O chefe de Estado lembrou também que estas crises "já custaram milhares de vidas humanas e estão na origem de um dos maiores fluxos de refugiados desde a Segunda Guerra Mundial". "A sua resolução não pode ficar mais tempo refém de bloqueios que prolongam e agravam situações de sofrimento para vastas populações", acrescentou o Presidente .
Cavaco Silva afirmou também que "a ameaça do terrorismo" assume "caraterísticas cada vez mais bárbaras e preocupantes", adiantando que "esta ameaça e os seus protagonistas exigem uma resposta firme e concertada e um combate determinado por parte da comunidade internacional".
Pelo meio, Cavaco Silva mostrou-se ainda preocupado com "o impasse" que afeta o processo de paz no Médio Oriente, aplaudiu o acordo alcançado recentemente sobre o programa nuclear iraniano e a reaproximação dos Estados Unidos a Cuba.
Num plano nacional, o Presidente da República destacou ainda o papel do mar na agenda para o desenvolvimento sustentável. De olhos postos em África, alertou ainda para que os responsáveis políticos na Guiné-Bissau "reconheçam o valor essencial da estabilidade política".
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