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Bolsonaro prevê agravamento da crise dos preços dos combustíveis no Brasil e em "todo o mundo"

Pressão inflacionista responde a uma "guerra a mais de 10 000 quilómetros de distância", defende o Presidente brasileiro.
Lusa 2 de Junho de 2022 às 23:35
Jair Bolsonaro
Jair Bolsonaro FOTO: Reuters
O Presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, afirmou esta quinta-feira que prevê que a crise desencadeada pelo aumento dos preços dos combustíveis se agravará no país e "em todo o mundo".

"A UE disse que não vai importar mais petróleo da Rússia, os Estados Unidos tentaram recentemente importar petróleo da Venezuela de (Nicolás) Maduro, os americanos disseram que não vão aumentar a sua produção e o Brasil não tem forma de aumentar a sua produção", disse, a um pequeno grupo de apoiantes na sua residência oficial.

Desta forma, considerou, "a crise dos combustíveis vai agravar-se" e disse "se fosse apenas no Brasil" a população poderia responsabilizar o seu Governo.

Bolsonaro defendeu que no caso do Brasil o aumento dos preços dos combustíveis e o seu impacto na inflação, que em maio atingiu 12% em termo anuais, se deve "aos governos do PT", em referência ao Partido dos Trabalhadores do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, candidato às próximas eleições presidenciais jem outubro.

"O Brasil importa gasóleo e gasolina porque algumas refinarias que foram iniciadas com o PT" não foram concluídas, disse o líder brasileiro.

A inflação elevada é considerada como um dos fatores que fez diminuir o apoio de Bolsonaro, que as sondagens apontam atualmente para cerca de 30%, em comparação com os 45% de intenções de voto atribuídos a Lula.

Nas últimas semanas, Bolsonaro tem insistido que a pressão inflacionista responde a uma "guerra a mais de 10 000 quilómetros de distância", em referência à invasão russa da Ucrânia, e ao abrandamento económico entre 2020 e 2021 devido ao impacto da crise causada pela pandemia.

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