Theresa May tem agora três dias parlamentares para apresentar nova proposta.
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Os deputados da Câmara dos Comuns chumbaram, esta terça-feira, o acordo para a saída do Reino Unido da União Europeia negociado pelo Governo de Theresa May com Bruxelas, com uma esmagadora maioria.
No parlamento britânico registaram-se 202 votos a favor do acordo, que foram totalmente esmagados pelos 432 que votaram contra.
Jeremy Corbyn, o líder do Partido Trabalhista, anunciou uma moção de censura ao governo de Theresa May, o que coloca a primeira-ministra numa situação bastante fragilizada. A moção será debatida e votada na quarta-feira, propôs a primeira-ministra, Theresa May.
"Estou satisfeito que a moção seja debatida amanhã. Para que esta Câmara dos Comuns possa dar o seu veredicto sobre a incompetência deste governo", disse Corbyn.
Juncker lamenta "risco de uma saída desorganizada"
"O risco de uma saída desordenada do Reino Unido aumentou com o voto de hoje à noite. Embora não queiramos que tal suceda, a Comissão Europeia vai continuar o seu trabalho de contingência para ajudar a garantir que a UE está completamente preparada", afirmou Jean-Claude Juncker, numa declaração divulgada em Bruxelas.
Apontando que, do lado da União Europeia, "o processo de ratificação do Acordo de Saída continua", Juncker exorta o Reino Unido "a clarificar as suas intenções tão brevemente quanto possível", lembrando que "o tempo está quase a esgotar-se", dado a consumação do 'Brexit' estar agendada para 29 de março próximo.
Tusk questiona: "quem terá coragem de dizer qual é a única solução positiva?"
"Se um acordo é impossível, e ninguém quer um «não acordo», então quem terá finalmente a coragem de dizer qual é a única solução positiva?", escreveu Tusk na sua conta oficial na rede social Twitter.
A mensagem de Tusk foi publicada imediatamente após ser conhecido o resultado da votação na Câmara dos Comuns, que rejeitou esta terça-feira à noite de forma expressiva o acordo de saída negociado entre o Governo da primeira-ministra Theresa May e a União Europeia (432 votos contra e somente 202 a favor).
May promete negociar com partidos para desbloquear acordo de saída
Theresa May delineou esta estratégia após uma maioria de 432 deputados reprovar hoje o acordo de saída do Reino Unido da União Europeia no parlamento britânico contra 202 votos a favor, uma desvantagem de 230 votos, sem que 118 dos votos contra foram de deputados do próprio partido Conservador.
"É claro que a Câmara não apoia este acordo. Mas o voto desta noite não nos diz nada sobre o que ele suporta. Nada sobre como, ou mesmo se, pretende honrar a decisão tomada pelo povo britânico em um referendo que o Parlamento decidiu realizar", disse, após o voto.
Costa quer rápidas decisões do Reino Unido para evitar saída descontrolada
O primeiro-ministro lamentou hoje a rejeição pelo parlamento britânico do acordo de saída do Reino Unido da União Europeia e afirmou esperar que, "rapidamente", as autoridades britânicas informem quais os seus próximos passos para evitar uma saída descontrolada.
António Costa falava aos jornalistas num hotel em Lisboa, pouco depois de ser conhecido que o parlamento britânico rejeitara o acordo de saída do Reino Unido da União Europeia negociado pelo Governo de Theresa May com Bruxelas, por 432 votos contra e apenas 202 a favor.
"Lamento que não tenha sido possível aprovar o acordo que foi longamente negociado entre a União Europeia e o Governo britânico, porque era um bom acordo, já que correspondia às necessidades dos cidadãos britânicos na União Europeia e dos cidadãos da União residentes no Reino Unido. O acordo criava boas condições para uma transição para a saída do Reino Unido, que a União Europeia não deseja, mas que respeita, permitindo tempo para uma negociação calma e serena sobre a relação futura, que todos desejamos que seja o mais próxima possível", declarou o primeiro-ministro.
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