A edição de hoje
Há uma tendência para as pessoas se casarem cada vez mais tarde.
Cabo Verde celebrou 3 751 casamentos em dois anos (2019 e 2020), com diminuição em todos relativamente aos anteriores, e há uma tendência para as pessoas se casarem cada vez mais tarde, divulgou esta quinta-feira o INE.
Segundo das Estatísticas Vitais do Instituto Nacional de Estatísticas (INE) cabo-verdiano, em 2019 foram registados 2 240 casamentos em Cabo Verde, uma redução de 102 em relação a 2018, enquanto no ano seguinte foram 1 115, reduzindo em 729 casamentos face a 2019.
Com esses dados, o INE concluiu que a taxa bruta de nupcialidade (número de casamentos por cada mil habitantes) foi de 4,3% em 2018, que diminuiu para 4,1% em 2019 e mais ainda para 2,7% em 2020.
"Face aos dados recolhidos, nota-se que existe uma tendência para as pessoas se casarem cada vez mais tarde, independentemente do sexo, e, por conseguinte, observa-se um aumento da idade média ao casamento, a par de uma diminuição na diferença das idades médias dos nubentes", concluiu aquele instituto cabo-verdiano.
Também notou que a idade média ao casamento nas mulheres aumentou de 35 anos em 2019 para 36 anos em 2020, e nos homens subiu de 39 para 40 anos no mesmo período.
"Do total de casamentos celebrados nos dois últimos anos em análise (2019 e 2020), o INE verificou que a maioria se refere a primeiros casamentos, ou seja, os em que ambos os nubentes são solteiros.
"Em 2019, estes representam 84,1% e em 2020 representam 85,8% do total dos casamentos", sustentou.
Nos dois anos, a maioria dos casamentos celebrados foram na forma civil, onde 94,2% foram realizados em 2019 e 97,2% dos realizados em 2020, ainda de acordo com as Estatísticas Vitais do INE.
No que diz respeito ao regime de bens acordado pelos nubentes, a mesma fonte constatou que em 2019 foram realizados mais casamentos 43,3% em regime de comunhão de bens adquiridos.
"Os casamentos em comunhão geral de bens representam 36%, enquanto os celebrados em regime de separação de bens correspondem a 9,1%", prosseguiu.
Na mesma análise, o INE verificou que do total dos 1 511 casamentos registados há dois anos, 41,8% foram em regime de comunhão de bens adquiridos, 39,6% em regime de comunhão geral de bens e 9% em regime de separação de bens.
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