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Puigdemont exige "libertação" dos ex-membros do seu governo

Juíza ordenou prisão preventiva de ex-vice catalão e sete conselheiros.

02 de novembro de 2017 às 20:45

O Presidente da região autónoma da Catalunha destituído, Carles Puigdemont, exigiu esta quinta-feira a "libertação" dos oito ex-membros do seu governo, afirmando que se trata de "um golpe contra as [próximas] eleições de 21 de dezembro".

Na mensagem gravada na Bélgica e difundida pela TV3 (televisão da Catalunha), Puigdemont acrescenta que a prisão dos ex-membros do seu executivo vai contra a democracia e que as eleições terão de ocorrer "num clima sem precedentes na Europa".

O Ministério Público espanhol pediu esta quinta-feira à juíza da Audiência Nacional (tribunal especial que tem jurisdição em todo o território de Espanha) para emitir um mandado europeu de detenção contra Carles Puigdemont, que viajou para Bruxelas no início desta semana após o governo central de Madrid ter decidido a destituição dos 14 membros (incluindo Puigdemont) que compunham o executivo regional da Catalunha (Generalitat).

Carles Puigdemont e quatro ex-ministros do executivo catalão não compareceram esta quinta-feira a uma audição na Audiência Nacional em Madrid para prestar declarações por estarem ausentes no estrangeiro.

Estes cinco elementos e outros nove ex-membros do governo regional da Catalunha estão a ser acusados dos delitos de rebelião, sedição e desvio de fundos, arriscando-se a penas que poderão ir até 30 anos de prisão.

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Puigdemont exige "libertação" dos ex-membros do seu governo

A juíza da Audiência Nacional decretou esta quinta-feira a prisão preventiva de oito ex-membros do governo catalão que se apresentaram para ser ouvidos, incluindo o ex-vice-presidente do governo autónomo da Catalunha, Oriol Junqueras.

Ao ex-ministro regional Santi Vila, que se tinha demitido do cargo poucas horas antes de ao governo regional da Catalunha ter sido destituído, por decisão do Governo espanhol de Mariano Rajoy, foi-lhe imposta uma medida de coação que lhe dá a possibilidade de pagar 50.000 euros e esperar o julgamento em liberdade.

O parlamento regional da Catalunha aprovou na passada sexta-feira a independência da região, numa votação sem a presença da oposição, que abandonou a assembleia regional e deixou bandeiras espanholas nos lugares que ocupava.

No mesmo dia, o executivo de Mariano Rajoy, do Partido Popular (direita), apoiado pelo maior partido da oposição, os socialistas do PSOE, anunciou a dissolução do parlamento regional, a realização de eleições em 21 de dezembro próximo e a destituição de todo o governo catalão, entre outras medidas.

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