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COLONATOS DEMOLIDOS

Dando cumprimento a uma promessa do ministro da Defesa israelita, Binyamin Ben--Eliezer, as forças de segurança de Israel iniciaram ontem o desmantelamento de dois pequenos colonatos judaicos da Cisjordânia. Eliezer prometeu desmantelar 10 destes postos avançados ilegais até final do dia de hoje, o que pode suscitar reacções violentas dos colonos radicais e das organizações que os representam.

30 de junho de 2002 às 22:48

“Dois postos avançados a sul de Hebron estão a ser desmantelados, um perto do colonato de Beit Haggai e o segundo junto ao colonato de Maaleh Hever”, revelaram fontes da Segurança israelita, que afirmaram ainda que a remoção dos edifícios estava a ser feita em cooperação com colonos no local.

Esta última afirmação não foi confirmada por nenhum porta-voz dos colonos, mas pode ser verdadeira, quanto mais não seja porque, como confirmam fontes da Comunicação Social israelita, os dois postos avançados não estavam habitados.

As raízes da polémica permanecem, no entanto, intocadas, pois, aquando do anúncio da decisão de Eliezer, o YESHA, conselho que representa os colonos, criticou a medida do ministro, considerando-a “uma recompensa e um encorajamento do terrorismo palestiniano”, comentário que faz temer a eclosão de confrontos quando as demolições atingirem áreas povoadas.

Sublinhando as palavras dos colonos, uma bomba explodiu ontem numa linha férrea no centro de Israel, ferindo ligeiramente quatro pessoas num comboio que passava numa linha próxima. Um porta-voz da Polícia de Israel afirmou que o caso foi considerado um atentado e está a ser investigado como tal.

EUA DIZEM NÃO A ARAFAT

O líder palestiniano, Yasser Arafat, ignorou o apelo da semana passada do presidente dos EUA, George W. Bush, que pede o seu afastamento do poder como condição para a Paz no Médio Oriente, e afirmou-se ontem disposto para um encontro bilateral.

Arafat aludiu à comunicação na qual Bush pedia o seu afastamento, classificando-a de “importante”, mas sem explicar. Dirigindo-se, via satélite, a um auditório de empresários e políticos reunidos na estância suíça de Crans Montana, Arafat sublinhou o facto de Bush ser o primeiro presidente dos EUA a “propor um estado palestiniano independente”.

Collin Powell, secretário de Estado norte-americano, respondeu à proposta de Arafat afirmando que os EUA não consideram o líder palestiniano interlocutor credível. “Pensamos que a liderança que ofereceu ao povo palestiniano foi inadequada”, afirmou Powell.

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