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Confrontos com manifestantes em Maputo ferem dezenas de polícias

Autoridades tinham enviado SMS à população a apelar à contenção no arranque da greve geral.

01 de novembro de 2024 às 01:30

Dezenas de polícias ficaram esta quinta-feira feridos em confrontos com manifestantes, dispersados com gás lacrimogéneo, no primeiro dia da greve geral convocada pelo candidato presidencial Venâncio Mondlane, que contesta os resultados das eleições de 9 de outubro.

A polícia tinha enviado, de madrugada, mensagens para os telemóveis a pedir à população que se abstivesse de “práticas criminosas”, alertando que “a vandalização e sabotagem de infraestruturas e bens públicos e privados, a obstrução de vias de acesso, a queima de pneus nas rodovias, são atos que interferem negativamente na ordem pública no país”. Mas de pouco serviu. “A polícia foi chamada a intervir em 58 manifestações, das quais 38 foram violentas. (...) Tenho 36 membros acamados, alguns dos quais não poderão voltar a trabalhar”, disse o comandante-geral da polícia.

Mondlane apelou a manifestações nas sedes distritais da Comissão Nacional de Eleições e marchas em Maputo a 7 de novembro como forma de continuar a contestar os resultados eleitorais, que deram a vitória de Daniel Chapo, apoiado pela Frelimo. Nos primeiros protestos, entre 21 e 25 de outubro, registaram-se 10 mortos, dezenas de feridos e 500 detidos.

PORMENORES

FRELIMO

A 24 de outubro, a CNE anunciou a vitória de Daniel Chapo, apoiado pela Frelimo, partido no poder desde 1975, com 70,67%.

Podemos

Mondlane, apoiado pelo partido Povo Otimista para o Desenvolvimento de Moçambique (Podemos), ficou em segundo lugar, com 20,32%.

Processo-crime

A Polícia de Moçambique abriu um processo-crime contra Venâncio Mondlane e apoiantes, pela escalada de violência pós-eleitoral.

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