Comando Vermelho bloqueou avenidas com barricadas improvisadas com contentores de lixo a arder, carros e camiões.
Grandes vias da cidade brasileira do Rio de Janeiro começaram a ser bloqueadas no final da tarde desta terça-feira por criminosos ligados ao Comando Vermelho (CV) horas depois de uma gigantesca operação policial que deixou pelo menos 64 pessoas mortas nos complexos de favelas do Alemão e da Penha, na zona norte da cidade. O CV, maior fação criminosa do Rio de Janeiro, também decretou recolher obrigatório em diversos bairros.
Avenidas nas zonas norte e oeste distantes das áreas da operação da manhã foram bloqueadas a partir do meio da tarde local, início da noite em Lisboa, com barricadas improvisadas com contentores de lixo a arder, carros e camiões. Segundo a Rio Ónibus, entidade que representa o transporte coletivo por autocarros, pelo menos 50 veículos desse tipo foram sequestrados por criminosos e atravessados nas vias, impedindo a passagem, muitos deles tendo sido incendiados.
Às 18 horas locais, 21h na capital portuguesa, 12 horas após o início da operação, ainda havia intensos tiroteios em vários bairros da capital fluminense, e as emissoras de televisão usando helicópteros exibiam imagens de incêndios um pouco por toda a cidade. Nos bairros onde foi decretado o recolher obrigatório, essas mesmas imagens mostravam as ruas da cidade, que tem mais de seis milhões de habitantes, completamente desertas, à exceção de criminosos armados e de grupos de polícias.
Numa outra situação extremamente delicada, inúmeras habitações foram invadidas por criminosos em fuga, para despistar a polícia. Eles obrigaram os moradores a dizer que eram da família quando a polícia chegava e a demonstrar a normalidade de uma casa comum.
Na operação, que contou com mais de 2500 agentes, a polícia prendeu pelo menos 90 criminosos procurados, e ao início da noite ainda vasculhava vielas de várias favelas, casa por casa, e em matas por onde muitos traficantes tinham fugido. Com mais de 120 linhas de autocarros suspensas ou desviadas dos seus itinerários, centenas de milhar de pessoas não tinham ao início da noite conseguido voltar para suas casas e havia tumultos em vários terminais de transporte, no metropolitano e nas estações de comboios, com um número de passageiros muito acima do que o habitual.
O autarca do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, apelou à população para, se estiver em local seguro, não sair, seja de casa ou dos empregos, tanto devido ao elevado risco como para facilitar o trânsito de centenas de viaturas da polícia e dos bombeiros em alta velocidade. Também estavam a ser feitos apelos à doação de sangue, tantos os feridos nos confrontos ocorridos desde o amanhecer, mas o problema era os doadores chegarem aos hospitais.
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