O Conselho Nacional do Ministério Público do Brasil rejeitou um pedido do ex-presidente Lula da Silva para afastar os promotores que o investigam no caso Lava Jato. Esta segunda-feira à noite, era esperada a qualquer momento a decisão do juiz Sérgio Moro, que comanda a investigação, de tornar ou não Lula arguido nesse processo.
Na semana passada, o Ministério Público denunciou a Moro o antigo presidente por diversos crimes alegadamente cometidos por ele e classificou Lula como "o comandante máximo do esquema de corrupção descoberto na Petrobras".
Lula recorreu imediatamente ao Conselho Nacional do MP, alegando que, ao classificá-lo como chefe do esquema, os promotores tinham feito juízo de valor condenatório antes de ele ser julgado, o que os impedia de continuarem a atuar nos casos que o envolvem.
O pedido foi, no entanto, rejeitado, deitando assim por terra a última esperança de Lula em travar uma eventual acusação formal por parte do juiz Sérgio Moro, a qual pode ser conhecida nas próximas horas e tornar Lula, pela primeira vez, arguido por corrupção no âmbito da Lava Jato.