Avião tinha como destino a China.
Dois cidadãos estrangeiros foram detidos com 132 mil dólares (112,4 mil euros) a bordo de um avião com destino à China, já no aeroporto de Maputo, disse esta segunda-feira a polícia moçambicana, que suspeita de branqueamento de capitais.
O porta-voz do Serviço Nacional de Investigação Criminal (Sernic) na cidade de Maputo explicou, em conferência de imprensa, que a detenção dos dois suspeitos, nacionais do Mali e da Costa do Marfim, resultou de um trabalho conjunto com a Polícia da República de Moçambique (PRM) e a força de segurança interna do Aeroporto Internacional de Mavalane.
João Adriano acrescentou que os suspeitos, detidos na sexta-feira, tinham na sua posse aqueles valores distribuídos numa mala.
"Estes dois indivíduos foram interpelados já a bordo de um avião com destino à China (...). Este valor estava a ser transportado para aquele país para fins não muito claros", disse João Adriano, referindo também que o numerário não foi declarado às autoridades aduaneiras moçambicanas.
"Esta omissão deliberada, a não declaração deste valor às autoridades aduaneiras, deve estar associada à tentativa de omitir realmente a origem criminosa deste valor", referiu o porta-voz, explicando a detenção dos dois estrangeiros foi concretizada para evitar que o dinheiro fosse usado para a aquisição de bens ou serviços que poderiam ser rentabilizados.
Disse ainda constituir motivo de detenção a necessidade de se evitar também que, por via da aquisição de bens no estrangeiro, o dinheiro fosse colocado no circuito financeiro moçambicano e "aí ficar concretizado o crime de branqueamento de capitais".
João Adriano assegurou estarem em curso trabalhos de investigação com a "devida delicadeza" para "aprofundar" o caso e deter todos envolvidos, por se suspeitar do envolvimento de colaboradores da autoridade aeroportuária moçambicana.
"Precisamos aprofundar como é que esses indivíduos conseguiram entrar no voo com aquela mala e com aquele valor não declarado", concluiu o porta-voz do Sernic.
Moçambique entrou em 22 de outubro de 2022 na "lista cinzenta" de jurisdições financeiras do Grupo de Ação Financeira Internacional (GAFI) por não ter eliminado deficiências na luta contra o branqueamento de capitais e financiamento ao terrorismo.
Entretanto, o Governo anunciou em 16 de junho que o GAFI iria reunir no país de 08 a 11 de setembro para decidir sobre a "lista cinzenta" internacional de branqueamento de capitais, decisão a ser conhecida em outubro.
Moçambique está confiante que vai sair da "lista cinzenta" desta instituição financeira, após ter avançado com uma série de medidas para combater o branqueamento de capitais e financiamento ao terrorismo, adiantou em agosto o coordenador nacional para a remoção de Moçambique daquela lista, Luís Abel Cezerilo.
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