O Ministério Público Federal do Brasil (MPF) acusa o ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, de ter movimentado perto de 95 milhões de euros no estrangeiro no processo de corrupção que envolve o antigo governante estadual e que esta semana conheceu uma nova frente de investigação.
Ainda segundo o MPF, Sérgio Cabral terá usado 15 contas bancárias no exterior do Brasil, incluindo uma em Andorra que terá servido para o recebimento de perto de 3 milhões de euros da construtora Odebrecht.
Esta nova revelação foi já aceite pela justiça federal brasileira o que, segundo o jornal O Globo, levou a que Cabral tivesse sido constituído arguido pela sexta vez no âmbito da Operação Lava Jato.
Segundo a justiça brasileira, o ex-governador dispunha de uma complexa rede bancária – incluindo paraísos fiscais, mas não só – que eram usadas para movimentações de capitais já depois de Cabral ter abandonado o cargo responsável do Estado do Rio. Para o efeito usaria testas de ferro.
A operação Lava Jato é considerada a maior investigação de corrupção e lavagem de dinheiro alguma vez investigada no Brasil envolvendo a gigante petrolífera Petrobrás e algumas das construtoras mais poderosas do país.