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Ex-ministro-chefe de Lula da Silva entrega-se à polícia

Prisão para Dirceu foi decretada pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região, TRF-4.

18 de maio de 2019 às 15:01

O ex-ministro-chefe no primeiro governo de Lula da Silva, José Dirceu, entregou-se no final da noite desta sexta-feira à polícia. A entrega surge depois de ter tido a prisão decretada pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região, TRF-4. O tribunal negou o recurso contra uma nova condenação de Dirceu a 8 anos e 10 meses de cadeia por corrupção exarada em 2018 e determinou que o antigo ministro começasse a cumprir a pena com efeito imediato.

A justiça deu um prazo até às 16h00 de sexta, horário local, 20h00 em Lisboa, para Dirceu se apresentar na sede da Polícia Federal de Curitiba, no sul do Brasil, cidade onde a ação tramitou. Porém, só se apresentou cinco horas depois, às 21h30. Apesar do atraso, Dirceu não chegou a ser considerado fugitivo, porque a Polícia Federal e a justiça aceitaram as explicações dos advogados do ex-ministro-chefe de que a demora na chegada se prendeu com o facto de Dirceu ter viajado de carro de Brasília, onde vive, até Curitiba, uma distância de 1382 quilómetros.

Dirceu, o homem mais poderoso do primeiro governo de Lula da Silva e que acabou por ter de se demitir em 2005 após a deflagração do escândalo de corrupção que ficou conhecido como "Mensalão", foi condenado em 2012 e cumpriu pena como mandante dessa mega-fraude. Quando ainda cumpria prisão domiciliária por esse crime, foi condenado em 2017 por envolvimento num outro esquema de corrupção, o da "Lava Jato".

Condenado nesse processo a 39 anos de cadeia, José Dirceu esteve preso menos de dois anos, conseguindo sair em liberdade após um habeas corpus dado pelo Supremo Tribunal Federal que lhe garante aguardar em liberdade a tramitação de todos os recursos a que ainda tem direito.

Esta nova prisão diz respeito não a esse processo, mas sim à segunda condenação na "Lava Jato", proferida em 2018, cuja apelação Dirceu perdeu no TRF-4 mas vai tentar agora nos tribunais superiores.

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