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Ex-presidente da Pescanova vai ter de cumprir seis anos de prisão

Entrada de Sousa-Faro na cadeia tinha ficado suspensa até este esclarecimento da Justiça do país vizinho.
Manuel Bento 29 de Março de 2023 às 19:36
Manuel Fernández de Sousa-Faro
Manuel Fernández de Sousa-Faro FOTO: DR

O Tribunal Supremo espanhol decidiu, esta quarta-feira, não mudar uma vírgula no acórdão de fevereiro que condenava Manuel Fernández de Sousa-Faro, ex-presidente da Pescanova, a seis anos de prisão pelos crimes de falsidade nas contas anuais, falsificação de informação económico-financeira e desvio de património. O arguido tinha recorrido, pedindo uma redução da pena para quatro anos e nove meses, o que foi rejeitado.

"Não há lugar a esclarecer ou retificar sobre a nossa sentença", indica a decisão esta quarta-feira revelada em vários órgãos de comunicação social espanhóis. A entrada de Sousa-Faro na cadeia tinha ficado suspensa até este esclarecimento da Justiça do país vizinho. A única opção para o arguido é agora a Justiça europeia.

Este parece ser o ponto final na história de uma das mais mediáticas insolvências de sempre em Espanha. No passado dia 28 de fevereiro completaram-se 10 anos que esta empresa multinacional nascida na Galiza entrou em incumprimento, com dívidas superiores a 3,5 mil milhões de euros. Seria a maior falência não imobiliária da história de Espanha. O ex-presidente da Pescanova fora ainda condenado a indemnizar os investidores lesados em mais de 125 milhões de euros. 

A empresa acabaria, no entanto, por ganhar nova vida através da Nueva Pescanova, criada em 2015. De acordo com o Jornal de Negócios, esta regista hoje uma faturação superior a mil milhões de euros, sendo que, desde 2020, o maior acionista da Nueva Pescanova é o Abanca, com 93% do capital, tendo injetado 70 milhões de euros na empresa em janeiro deste ano.

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