"Não podemos deixar que as forças do mal continuem a instrumentalizar o nosso país", vincou Armando Guebuza.
O ex-Presidente moçambicano Armando Guebuza pediu esta terça-feira o esclarecimento e responsabilização dos "verdadeiros autores" do "crime macabro" que envolveu o duplo homicídio de apoiantes do candidato presidencial Venâncio Mondlane, criticando "aproveitamentos oportunistas".
"Não podemos deixar que as forças do mal continuem a instrumentalizar o nosso país, comprometendo a nossa segurança nacional. Apelamos às entidades competentes para que busquem e responsabilizem os verdadeiros autores deste crime macabro, evitando aproveitamentos oportunistas e o caos", escreveu o antigo chefe de Estado, numa mensagem que colocou na sua rede social Facebook.
A polícia moçambicana confirmou no sábado, à agência Lusa, que a viatura em que seguiam Elvino Dias, advogado de Venâncio Mondlane, candidato às presidenciais no dia 09, e Paulo Guambe, mandatário do Podemos, partido que apoia Mondlane, foram mortos a tiro numa "emboscada".
O crime aconteceu na avenida Joaquim Chissano, no centro da capital.
"Conheci o Paulo Guambe em 2020 quando veio ao meu gabinete de trabalho com um grupo de estudantes do ISARC [Instituto Superior de Artes e Cultura] entrevistar-me no âmbito de um filme documentário sobre a obra literária do Filimone Meigos. O Paulo falou-me de cinema, como disciplina curricular, e dos seus projetos profissionais nessa área (...). Lamento o seu assassinato brutal, bem assim dos que o acompanhavam naquele noite fatídica", descreveu Guebuza na sua mensagem.
Armando Guebuza esteve no poder em Moçambique de 2005 a 2015 e o seu antecessor, Joaquim Chissano, também reagiu nas últimas horas ao crime.
"Este ato de violência brutal, que mancha a imagem do nosso país, é um ataque à vida humana que é inaceitável e vai contra os princípios e valores de dignidade, respeito e de justiça que defendemos e que devem sustentar a nossa sociedade", considera Joaquim Chissano, num comunicado de imprensa que assina.
Na nota divulgada pela Fundação Joaquim Chissano, de que o antigo Presidente (06 de novembro de 1986 -- 02 de fevereiro de 2005) é patrono, salienta-se que "este e outros crimes hediondos" contribuem "para criar o sentimento de insegurança e minar a vontade de trabalhar pelo bem-estar dos moçambicanos".
Joaquim Chissano encoraja as autoridades competentes "a redobrar os seus esforços" para esclarecer "o mais brevemente possível" o crime, que classifica como "macabro".
O ex-chefe de Estado diz que o processo deve resultar em que os autores sejam responsabilizados judicialmente "com medidas severas e dissuasoras que contribuam para prevenir futuros casos de violência, assassinatos e sequestros".
"A paz, segurança, tranquilidade e garantia da proteção de todos os cidadãos são valores e bens comuns que devemos todos preservar a todo o custo e momento", frisa.
Após o duplo homicídio, Venâncio Mondlane, que contesta resultados preliminares das eleições de 09 de outubro que não lhe dão a vitória, convocou para segunda-feira a realização de marchas pacificas em Moçambique, que foram dispersas com tiros para o ar e gás lacrimogéneo em Maputo.
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