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Exército vai ajudar polícia do Rio a ‘limpar’ Complexo do Alemão

As forças do Exército que desde Novembro de 2010 ocupam as 12 grandes favelas do Complexo do Alemão e do Complexo da Penha, na zona norte da cidade brasileira do Rio de Janeiro, vão continuar na região mesmo depois da entrega daquelas áreas à polícia, prevista para o final de Março. Inicialmente pensada para seis meses, a permanência dos militares foi prorrogada várias vezes, não tendo agora data definida para terminar.

16 de março de 2012 às 20:14

Segundo o general Adriano Pereira Júnior, comandante regional do Exército, os militares vão ajudar a polícia no difícil trabalho de ocupar territorialmente os dois complexos, numa operação delicada que deve começar nos últimos dias deste mês e prolongar-se por várias semanas.

Primeiro será feito um grande cerco ao Alemão e à Penha, e depois, ao longo de três meses, forças especiais da polícia, como o Batalhão de Operações Especiais e o Batalhão de Polícia de Choque, vão fazer uma varredura rua a rua, beco a beco, em cada uma das favelas, apreendendo armas e droga e prendendo criminosos que mudaram de táctica e conseguiram permanecer nas favelas e manter a venda de estupefacientes.

Além de ajudar nesse cerco, o Exército vai tomar o alto da Serra da Misericórdia, que domina o Alemão e a Penha, e onde antes viviam os líderes do tráfico, para impedirem uma nova fuga em massa de criminosos, como a que ocorreu em 2010 quando os militares invadiram a região.

Ainda segundo o general, o Exército levantou desde então rotas de fuga, locais suspeitos e a identidade de habitantes que, apesar da sua actividade criminosa, não são conhecidos da polícia, e vai fornecer essas informações, além de mapas detalhados e fotografias, ao comando da segurança pública.

Os 1600 militares que actualmente ocupam os dois complexos, que concentravam quase metade de todo o comércio de droga do Rio, vão ser substituídos por 2200 novos polícias, que estão em fase final de formação e, mesmo depois de assumirem o controlo do território, continuarão a contar com um efectivo militar estacionado na área, como uma espécie de força de reserva emergencial.

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