Forças Armadas da Ucrânia publicaram um vídeo no qual se pode ver o que parece ser uma explosão e um incêndio em baixa resolução.
As forças ucranianas reivindicaram esta sexta-feira um novo ataque contra o oleoduto Druzhba, perto da cidade de Naytopovichi, na região russa de Bryansk, no mais recente episódio de uma sucessão de operações contra esta infraestrutura que gerou protestos da Hungria.
As Forças Armadas da Ucrânia publicaram um vídeo do ataque na rede social Facebook, no qual se pode ver o que parece ser uma explosão e um incêndio em baixa resolução.
"Outra importante instalação inimiga que fornece produtos petrolíferos ao Exército russo foi atingida", afirmou o Estado-Maior ucraniano num breve comunicado.
O texto destaca que as bombas da estação, que eram o alvo do ataque, tinham uma capacidade de 10,5 milhões de toneladas de diesel por ano.
A estrutura foi atacada por unidades das Forças de Mísseis, Artilharia e Sistemas Não Tripulados, em cooperação com as Forças de Operações Especiais e o Serviço de Segurança da Ucrânia, segundo o comunicado.
"Os resultados do ataque estão a ser esclarecidos. As Forças de Defesa continuam a tomar medidas eficazes para minar o potencial económico-militar do Exército russo, particularmente as suas capacidades logísticas, e para forçar os invasores a interromper a sua guerra de agressão contra a Ucrânia", referiu ainda o Estado-Maior.
De acordo com meios de comunicação social ucranianos, a estação não só desempenha um papel fundamental no fornecimento de produtos petrolíferos à Europa Central, mas também nas exportações marítimas russas através do porto báltico de Ust-Luga.
Os ataques frequentes ao oleoduto Druzhba, o quarto em apenas algumas semanas, geraram tensões com a vizinha Hungria, que é abastecida através desta infraestrutura.
Budapeste proibiu na quinta-feira a entrada no país e no espaço Schengen ao comandante ucraniano responsável pela anterior operação militares contra o oleoduto Druzhba.
"O último ataque aéreo muito grave contra o oleoduto Druzhba foi um ataque contra a soberania da Hungria", justificou o ministro dos Negócios Estrangeiros, Péter Szijjártó, nas redes sociais.
"Por isso, o Governo proíbe o comandante da unidade militar ucraniana de entrar na Hungria e no espaço Schengen", referiu, sem identificar o militar.
A Hungria importa petróleo russo através do oleoduto Druzhba, que o Governo do ultranacionalista Viktor Orbán considera ser uma instalação estratégica do ponto de vista da segurança energética.
Szijjártó disse que Kiev está ciente de que o oleoduto é essencial para a Hungria e que os ataques "não prejudicam principalmente a Rússia", mas a Hungria e a Eslováquia, que também recebe petróleo através do Druzhba.
Nas últimas semanas, vários ataques aéreos ucranianos contra o oleoduto agravaram as tensões entre os dois países.
Szijjártó afirmou que a gravidade do último ataque quase obrigou a Hungria a usar a reserva estratégica de petróleo de emergência.
Os ataques ucranianos com drones ocorreram no âmbito de uma intensificação dos bombardeamentos cruzados com a Rússia contra infraestruturas energéticas, quando as negociações para um acordo de paz, promovidas pelo Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, não apresentam progressos.
A Rússia atacou repetidamente instalações de gás e aquecimento no último inverno na Ucrânia, enquanto Kiev atinge quase diariamente refinarias e oleodutos russos para prejudicar as exportações que financiam o esforço de guerra de Moscovo.
Além disso, as autoridades ucranianas e os seus aliados europeus condenam o Kremlin pelos seus persistentes bombardeamentos contra alvos civis, como aconteceu na quinta-feira em Kiev, provocando pelo menos 25 mortos, entre os quais quatro crianças.
A Hungria foi hoje o único país da União Europeia (UE) a opor-se à aprovação do 19.º pacote de sanções de Bruxelas para contrariar a "natureza imprudente da Rússia", depois dos últimos bombardeamentos na capital da Ucrânia, segundo a alta representante da UE para os Negócios Estrangeiros e Política de Segurança, Kaja Kallas.
A Hungria importa da Rússia 65% do petróleo bruto e 85% do gás que consome e é, a par da Eslováquia, o país da UE e da NATO mais próximo de Moscovo.
As relações políticas entre Kiev e Budapeste são tensas desde o início da guerra, em fevereiro de 2022. O Governo de Orbán é acusado de apoiar a invasão promovida por Moscovo, enquanto o executivo ucraniano é acusado de limitar os direitos das minorias étnicas, entre as quais a húngara, composta por cerca de 150 mil pessoas.
A Hungria opõe-se categoricamente ao apoio militar à vizinha Ucrânia e Governo de Orbán já afirmou várias vezes que bloqueará a entrada de Kiev na UE.
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt
o que achou desta notícia?
concordam consigo
A redação do CM irá fazer uma avaliação e remover o comentário caso não respeite as Regras desta Comunidade.
O seu comentário contem palavras ou expressões que não cumprem as regras definidas para este espaço. Por favor reescreva o seu comentário.
O CM relembra a proibição de comentários de cariz obsceno, ofensivo, difamatório gerador de responsabilidade civil ou de comentários com conteúdo comercial.
O Correio da Manhã incentiva todos os Leitores a interagirem através de comentários às notícias publicadas no seu site, de uma maneira respeitadora com o cumprimento dos princípios legais e constitucionais. Assim são totalmente ilegítimos comentários de cariz ofensivo e indevidos/inadequados. Promovemos o pluralismo, a ética, a independência, a liberdade, a democracia, a coragem, a inquietude e a proximidade.
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza expressamente o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes ou formatos actualmente existentes ou que venham a existir.
O propósito da Política de Comentários do Correio da Manhã é apoiar o leitor, oferecendo uma plataforma de debate, seguindo as seguintes regras:
Recomendações:
- Os comentários não são uma carta. Não devem ser utilizadas cortesias nem agradecimentos;
Sanções:
- Se algum leitor não respeitar as regras referidas anteriormente (pontos 1 a 11), está automaticamente sujeito às seguintes sanções:
- O Correio da Manhã tem o direito de bloquear ou remover a conta de qualquer utilizador, ou qualquer comentário, a seu exclusivo critério, sempre que este viole, de algum modo, as regras previstas na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, a Lei, a Constituição da República Portuguesa, ou que destabilize a comunidade;
- A existência de uma assinatura não justifica nem serve de fundamento para a quebra de alguma regra prevista na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, da Lei ou da Constituição da República Portuguesa, seguindo a sanção referida no ponto anterior;
- O Correio da Manhã reserva-se na disponibilidade de monitorizar ou pré-visualizar os comentários antes de serem publicados.
Se surgir alguma dúvida não hesite a contactar-nos internetgeral@medialivre.pt ou para 210 494 000
O Correio da Manhã oferece nos seus artigos um espaço de comentário, que considera essencial para reflexão, debate e livre veiculação de opiniões e ideias e apela aos Leitores que sigam as regras básicas de uma convivência sã e de respeito pelos outros, promovendo um ambiente de respeito e fair-play.
Só após a atenta leitura das regras abaixo e posterior aceitação expressa será possível efectuar comentários às notícias publicados no Correio da Manhã.
A possibilidade de efetuar comentários neste espaço está limitada a Leitores registados e Leitores assinantes do Correio da Manhã Premium (“Leitor”).
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes disponíveis.
O Leitor permanecerá o proprietário dos conteúdos que submeta ao Correio da Manhã e ao enviar tais conteúdos concede ao Correio da Manhã uma licença, gratuita, irrevogável, transmissível, exclusiva e perpétua para a utilização dos referidos conteúdos, em qualquer suporte ou formato atualmente existente no mercado ou que venha a surgir.
O Leitor obriga-se a garantir que os conteúdos que submete nos espaços de comentários do Correio da Manhã não são obscenos, ofensivos ou geradores de responsabilidade civil ou criminal e não violam o direito de propriedade intelectual de terceiros. O Leitor compromete-se, nomeadamente, a não utilizar os espaços de comentários do Correio da Manhã para: (i) fins comerciais, nomeadamente, difundindo mensagens publicitárias nos comentários ou em outros espaços, fora daqueles especificamente destinados à publicidade contratada nos termos adequados; (ii) difundir conteúdos de ódio, racismo, xenofobia ou discriminação ou que, de um modo geral, incentivem a violência ou a prática de atos ilícitos; (iii) difundir conteúdos que, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, tenham como objetivo, finalidade, resultado, consequência ou intenção, humilhar, denegrir ou atingir o bom-nome e reputação de terceiros.
O Leitor reconhece expressamente que é exclusivamente responsável pelo pagamento de quaisquer coimas, custas, encargos, multas, penalizações, indemnizações ou outros montantes que advenham da publicação dos seus comentários nos espaços de comentários do Correio da Manhã.
O Leitor reconhece que o Correio da Manhã não está obrigado a monitorizar, editar ou pré-visualizar os conteúdos ou comentários que são partilhados pelos Leitores nos seus espaços de comentário. No entanto, a redação do Correio da Manhã, reserva-se o direito de fazer uma pré-avaliação e não publicar comentários que não respeitem as presentes Regras.
Todos os comentários ou conteúdos que venham a ser partilhados pelo Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã constituem a opinião exclusiva e única do seu autor, que só a este vincula e não refletem a opinião ou posição do Correio da Manhã ou de terceiros. O facto de um conteúdo ter sido difundido por um Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã não pressupõe, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, que o Correio da Manhã teve qualquer conhecimento prévio do mesmo e muito menos que concorde, valide ou suporte o seu conteúdo.
ComportamentoO Correio da Manhã pode, em caso de violação das presentes Regras, suspender por tempo determinado, indeterminado ou mesmo proibir permanentemente a possibilidade de comentar, independentemente de ser assinante do Correio da Manhã Premium ou da sua classificação.
O Correio da Manhã reserva-se ao direito de apagar de imediato e sem qualquer aviso ou notificação prévia os comentários dos Leitores que não cumpram estas regras.
O Correio da Manhã ocultará de forma automática todos os comentários uma semana após a publicação dos mesmos.
Para usar esta funcionalidade deverá efetuar login.
Caso não esteja registado no site do Correio da Manhã, efetue o seu registo gratuito.
Escrever um comentário no CM é um convite ao respeito mútuo e à civilidade. Nunca censuramos posições políticas, mas somos inflexiveis com quaisquer agressões. Conheça as
Inicie sessão ou registe-se para comentar.