Votaram nesta consulta popular convocada pelo chefe do governo local, Peter Caruana, 18.177 dos 20.675 eleitores recenseados, a que corresponde uma participação de 87,92 por cento.
De um total de 18.087 votos válidos, 17.900 gibraltinos (98,97 por cento) recusaram o estatuto de soberania partilhada, com apenas 187 votantes (1,03 por cento) a manifestarem-se a favor do projecto ainda em discussão entre Madrid e Londres.
Apesar de os governos espanhol e britânico não reconhecerem a validade deste referendo, Londres, através do ministério dos Negócios Estrangeiros, considerou que o resultado da consulta “não é uma surpresa”. Por sua vez, Madrid manteve o silêncio.
A pergunta submetida a consulta, com resposta “sim” ou “não”, foi: Aceita o princípio de que Espanha e Reino Unido partilhem a soberania de Gibraltar? Peter Caruana classificou a vitória do “não” como um “triunfo para a democracia”.
Para o chefe do governo de Gibraltar, o referendo de ontem foi uma forma de os gibraltinos reafirmarem a sua oposição a qualquer alteração da sua identidade britânica e “um triunfo para a livre expressão e vontade de um povo”.
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