Primeiras imagens divulgadas pela imprensa moçambicana mostravam uma vila quase fantasma e com várias infraestruturas destruídas.
O governador de Cabo Delgado disse esta quinta-feira que ainda não há condições para o retorno da população que fugiu dos ataques armados em Mocímboa da Praia, considerando que as operações de limpeza continuam.
"A vila de Mocímboa da Praia está livre dos terroristas, entretanto, as duas forças [de Moçambique e Ruanda] estão de acordo com o que nós emitimos: nas condições em que a vila está, nós não podemos aconselhar as nossas populações a voltarem", disse Valige Tauabo, que visitou esta quinta-feira a vila sede de Mocímboa da Praia.
Em causa está o anúncio, no domingo, da reconquista da vila de Mocímboa da Praia, considerada por muitos a "base" dos grupos insurgentes que têm protagonizado ataques armados em Cabo Delgado desde 2017.
A operação foi conduzida por uma força conjunta que integra militares de Moçambique e do Ruanda, país africano que tem, desde o início de julho, cerca de mil militares e polícias em Cabo Delgado para apoiar Moçambique na luta contra os grupos armados.
As primeiras imagens divulgadas pela imprensa moçambicana mostravam uma vila quase fantasma e com várias infraestruturas destruídas, entre hospitais, escolas e empresas, além das instalações do porto e do aeroporto.
Segundo o governador da província de Cabo Delgado, as comunidades só podem regressar à vila após a conclusão do trabalho da força conjunta nos bairros nos arredores da vila.
"Limpeza está em curso", frisou o governador da província.
A vila costeira de Mocímboa da Praia, uma das principais do norte da província de Cabo Delgado, foi a região em que os grupos armados protagonizaram o seu primeiro ataque em outubro de 2017.
Mocímboa da Praia está situada a 70 quilómetros a sul da área de construção do projeto de exploração de gás natural conduzido por várias petrolíferas internacionais e liderado pela Total.
A vila tinha sido invadida e ocupada por rebeldes em 23 de março do ano passado, numa ação depois reivindicada pelo grupo 'jihadista' Estado Islâmico, e foi, em 27 e 28 de junho daquele ano, palco de longos confrontos entre as forças governamentais e os grupos insurgentes, o que levou à fuga de parte considerável da população.
Além do Ruanda, Moçambique tem agora apoio da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), num mandato de uma "força conjunta em estado de alerta" aprovado em 23 de junho, numa cimeira extraordinária da organização em Maputo que debateu a violência armada naquela província, havendo militares de alguns países-membros já no terreno
Na sequência dos ataques, que aterrorizam a província de Cabo Delgado desde 2017, há mais de 3.100 mortes, segundo o projeto de registo de conflitos ACLED, e mais de 817 mil deslocados, segundo as autoridades moçambicanas.
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