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Governo britânico alarga sanções a assessores e familiares de oligarcas russos

Medida pretende penalizar pessoas que ajudaram os oligarcas a evitar as sanções sobre capital e bens imobiliários.

12 de abril de 2023 às 14:36

O Governo britânico anunciou esta quarta-feira ter alargado sanções a assessores financeiros, familiares e aliados que ajudaram a ocultar ou movimentar ativos financeiros de oligarcas russos como Roman Abramovich e Alisher Usmanov. 

Segundo o Ministério dos Negócios Estrangeiros, esta medida pretende penalizar pessoas que ajudaram os oligarcas a evitar as sanções sobre capital e bens imobiliários através de redes de empresas complexas sediadas em paraísos fiscais. 

Esta nova ronda de sanções inclui Demetris Ioannides e Christodoulos Vassiliades, dois cipriotas que assessoraram Abramovich e Usmanov e também familiares de outros oligarcas que assumiram a propriedade de participações em empresas e de propriedades no estrangeiro para evitar as sanções. 

Segundo o governo britânico, Ioannides é um fornecedor de serviços a empresas que ajudou Abramovich a esconder mais de 760 milhões de libras (863 milhões de euros) em ativos antes de ser sancionado, incluindo uma mansão em Londres.

Vassiliades é um advogado cipriota que criou uma série de empresas que agora assumem a propriedade da Sutton Place Estate, uma casa senhorial do século XVI adquirida por Usmanov. 

Ao todo, foram visadas 10 pessoas e quatro empresas, após uma investigação que envolveu o ministério dos Negócios Estrangeiros, administração fiscal e outras agências governamentais. 

"Estamos a apertar a malha sobre a elite russa e aqueles que tentam ajudá-los a esconder dinheiro para a guerra. Não existe lugar onde se possam esconder. Vamos continuar a privá-los de bens que pensavam ter sido escondidos", avisou o chefe da diplomacia britânica, James Cleverly. 

Segundo o Governo britânico, o Reino Unido já congelou bens de valor superior a 18.000 milhões de libras (20.000 milhões de euros) no âmbito das sanções aplicadas após a invasão militar russa da Ucrânia em fevereiro de 2022. 

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