Depois de ter ameaçado abandonar o executivo ainda antes do início da intervenção militar da coligação anglo-americana para depor o regime de Saddam Hussein, Clare Short, que chefiava o departamento desde 1997, voltou a mostrar o seu descontentamento pela política de Londres para o Iraque.
Tida como um dos elementos mais sensíveis à pressão da contestação social contra a guerra, a ministra demissionária acusou Tony Blair de não respeitar as garantias que lhe havia dado sobre o papel essencial a desempenhar pelas Nações Unidas na administração do Iraque no pós-guerra.
Clare Short alega que Blair e o ministro dos Negócios Estrangeiros, Jack Straw, negociaram secretamente uma resolução do Conselho de Segurança da ONU que entra em rota de colisão com as garantias que ela própria deu aos membros do Parlamento, a propósito do Iraque.
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