Ciclone Idai provocou dezenas de mortos e desaparecidos e deixou os cerca de 500 mil residentes sem energia e linhas de comunicação.
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A Cruz Vermelha Portuguesa (CVP) identificou centenas de alimentos de longa duração nos armazéns da instituição espalhados pelo país destinados à cidade da Beira, em Moçambique, atingida pelo ciclone Idai, aguardando um avião especial para esse fim.
Em declarações à agência Lusa, o presidente da CVP, Francisco George, adiantou que foi emitido um alerta a nível nacional para as reservas de alimentos de longa duração (conservas) para serem recolhidos no caso de ser organizado um voo humanitário para Moçambique.
O ciclone Idai, com fortes chuvas e ventos de até 170 quilómetros por hora atingiu a cidade da Beira, a quarta maior cidade de Moçambique, na quinta-feira à noite, causando dezenas de mortos e desaparecidos e deixando os cerca de 500 mil residentes sem energia e linhas de comunicação.
Francisco George adiantou à Lusa que a CVP abriu já uma conta solidária com cinco mil euros (provenientes de um fundo de emergência da CVP), podendo os portugueses que assim o entenderem contribuir.
"Faço um apelo a todos os portugueses para que transfiram os montantes que entenderem. Podem fazer o donativo através do multibanco, na função pagamentos e serviços, marcando a entidade 20999 e a referência 999 999 999", disse.
O presidente da CVP garantiu que será ele próprio [Francisco George] a gerir o montante doado e destinado a Moçambique através do Comité Internacional da Cruz Vermelha.
"Eu, como presidente nacional da CVP, não ignoro o clima que se instalou em Portugal em termos de desconfiança e de dúvidas em relação às ajudas humanitárias, a um clima que tem existido e que é prejudicial a este tipo de movimento humanitário e à atividade humanitária, mas sublinho que diretamente sou responsável pela gestão desta conta e de entregar o montante conseguido diretamente ao Comité Internacional da Cruz Vermelha na Suíça", garantiu.
No entendimento de Francisco George, "todos temos o dever de apoiar as populações da cidade da Beira porque há uma afinidade histórica, secular.
"Há muitos portugueses na Beira. Não podemos ignorar esta tragédia que os moçambicanos estão a viver", disse.
Francisco George adiantou também à Lusa que a CVP já enviou para Moçambique uma especialista em laços familiares para participar nas operações com equipamentos muito modernos, via satélite, para apoiar as autoridades a juntar famílias.
"É uma situação de tragédia imensa, agravada pelas inundações. As famílias estão separadas, há muitos desaparecidos e é preciso juntar novamente os núcleos familiares que estão dispersos. Há também risco de problemas epidémicos como a cólera devido às inundações, à falta de higiene, de infraestruturas básicas", salientou.
Sobre a forma como Portugal e os portugueses podem ajudar os moçambicanos, Francisco George disse que "no momento", o importante é fazer chegar água, alimentos medicamentos.
"Atendendo a que a Beira é uma cidade portuária, é possível fazer chegar água potável em quantidade necessária para assegurar a higiene e a potabilidade no imediato, mas também por via área. O essencial agora é que as autoridades moçambicanas indiquem as necessidades prementes e fazê-las chegar à cidade", concluiu.
A passagem do ciclone Idai em Moçambique, Maláui e Zimbabué provocou pelo menos 222 mortos, segundo balanços provisórios divulgados pelos respetivos governos na segunda-feira.
Mais de 1,5 milhões de pessoas foram afetadas pela tempestade naqueles três países africanos.
O Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, disse que o ciclone poderá ter provocado mais de mil mortos em Moçambique, estando confirmados atualmente 84.
Na segunda-feira, o Governo português divulgou que "até agora não há registo de cidadãos portugueses mortos, feridos ou em situação de perigo" devido à passagem do ciclone Idai em Moçambique, mas "várias dezenas perderam casas e bens".
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