A imprensa francesa destaca este sábado a "guerra em plena Paris", após os atentados simultâneos perpetrados na capital francesa na noite de sexta-feira, que fizeram pelo menos 120 mortos.
"Guerra em plena Paris" titula o jornal conservador de centro-direita
Le Figaro.
"Desta vez, é a guerra", acrescenta o
Le Parisien.
"A barbárie terrorista cruzou uma linha histórica", escreveu o diretor do jornal de esquerda
Libération, Laurent Joffrin, apelando à França para se manter firme.
"É impossível não ligar estes sangrentos acontecimentos aos violentos combates em curso no Médio Oriente. A França está a desempenhar o seu papel lá. Deve continuar a fazê-lo, sem pestanejar", sublinhou.
As vítimas dos atentados de sexta-feira "são o terrível e insuportável testemunho de uma guerra mundial em que a França se torna contra a sua vontade num dos principais campos de batalha", realçou o jornal regional
La Charente Libre.
"O horror" foi a palavra escolhida, grafada sob fundo negro, para manchete pelo jornal desportivo
L'Equipe, dado que os terroristas também visaram o estádio nacional, onde decorria um jogo de futebol.
"Em nome dos verdadeiros mártires de ontem, vítimas inocentes, e em nome da República, a França deve permanecer unida e fazer frente", escreve o
Le Parisien.
Os jornais franceses fizeram o paralelismo com os ataques contra o jornal Charlie Hebdo, que fizeram 17 mortos em janeiro.
"Nós fomos Charlie. Nós somos Paris!", assinala o diário regional
Republique des Pyrenees.