Abbas Araghchi defendeu que devem ser tomadas novas decisões, depois de o Conselho de Segurança da ONU ter rejeitado uma proposta estender o alívio das sanções ao Irão.
O Governo iraniano afirmou este domingo que a cooperação com a Agência Internacional da Energia Atómica (AIEA) "já não é relevante" perante o regresso das sanções internacionais relacionadas com o programa nuclear iraniano.
Perante embaixadores estrangeiros em Teerão, o ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano, Abbas Araghchi, defendeu que devem ser tomadas novas decisões, depois de o Conselho de Segurança da ONU ter rejeitado uma proposta da China e pela Rússia para estender o alívio das sanções ao Irão.
Neste contexto, considerou que "o acordo do Cairo já não é relevante atualmente".
O chefe da diplomacia iraniana referia-se ao acordo firmado em setembro entre o Irão e a AIEA para definir uma forma de retomar a cooperação entre as duas partes.
O Irão suspendeu em julho toda a cooperação com a agência nuclear da ONU depois de instalações nucleares do país persa terem sido bombardeadas em junho por Israel e pelos Estados Unidos.
"O acordo do Cairo não pode mais servir de base para a nossa cooperação com a AIEA", afirmou Araghchi, acrescentando que o Governo irá anunciar uma "decisão" sobre a relação entre o Irão e a agência em breve.
Por iniciativa da França, do Reino Unido e da Alemanha, a ONU restabeleceu em 28 de setembro as sanções contra o Irão, suspensas há dez anos, relacionadas com o programa nuclear iraniano.
Teerão advertiu várias vezes que o regresso das sanções levaria à suspensão da cooperação com a AIEA.
Não é claro, neste momento, se o Irão tenciona romper completamente com a agência.
Desde o regresso das sanções da ONU, vários políticos iranianos apelaram à saída do Tratado de não Proliferação das Armas Nucleares (TNP), instrumento multilateral ao qual o Irão aderiu em 1970 e que obriga os Estados signatários a declararem e a colocarem os seus materiais nucleares sob o controlo da AIEA.
O programa nuclear iraniano há muito que condiciona as relações do Irão com os países ocidentais, com os Estados Unidos à cabeça, que suspeitam, juntamente com Israel, inimigo do poder iraniano, que Teerão procura desenvolver a bomba atómica.
O Irão nega ter essas ambições militares, mas insiste no direito ao nuclear para fins civis, nomeadamente para produzir eletricidade.
Segundo a AIEA, o Irão é o único país sem armas nucleares a enriquecer urânio a um nível elevado (60%), próximo do limiar técnico de 90% necessário para fabricar a bomba atómica.
Em 2015, a França, o Reino Unido, a Alemanha, os Estados Unidos, a Rússia e a China celebraram um acordo com o Irão que prevê um controlo das atividades nucleares iranianas em troca do levantamento das sanções.
Os Estados Unidos, durante o primeiro mandato do presidente Donald Trump, decidiram em 2018 retirar-se do acordo e restabelecer as suas próprias sanções.
Em retaliação, o Irão libertou-se de certos compromissos, em particular no que diz respeito ao enriquecimento de urânio.
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt
o que achou desta notícia?
concordam consigo
A redação do CM irá fazer uma avaliação e remover o comentário caso não respeite as Regras desta Comunidade.
O seu comentário contem palavras ou expressões que não cumprem as regras definidas para este espaço. Por favor reescreva o seu comentário.
O CM relembra a proibição de comentários de cariz obsceno, ofensivo, difamatório gerador de responsabilidade civil ou de comentários com conteúdo comercial.
O Correio da Manhã incentiva todos os Leitores a interagirem através de comentários às notícias publicadas no seu site, de uma maneira respeitadora com o cumprimento dos princípios legais e constitucionais. Assim são totalmente ilegítimos comentários de cariz ofensivo e indevidos/inadequados. Promovemos o pluralismo, a ética, a independência, a liberdade, a democracia, a coragem, a inquietude e a proximidade.
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza expressamente o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes ou formatos actualmente existentes ou que venham a existir.
O propósito da Política de Comentários do Correio da Manhã é apoiar o leitor, oferecendo uma plataforma de debate, seguindo as seguintes regras:
Recomendações:
- Os comentários não são uma carta. Não devem ser utilizadas cortesias nem agradecimentos;
Sanções:
- Se algum leitor não respeitar as regras referidas anteriormente (pontos 1 a 11), está automaticamente sujeito às seguintes sanções:
- O Correio da Manhã tem o direito de bloquear ou remover a conta de qualquer utilizador, ou qualquer comentário, a seu exclusivo critério, sempre que este viole, de algum modo, as regras previstas na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, a Lei, a Constituição da República Portuguesa, ou que destabilize a comunidade;
- A existência de uma assinatura não justifica nem serve de fundamento para a quebra de alguma regra prevista na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, da Lei ou da Constituição da República Portuguesa, seguindo a sanção referida no ponto anterior;
- O Correio da Manhã reserva-se na disponibilidade de monitorizar ou pré-visualizar os comentários antes de serem publicados.
Se surgir alguma dúvida não hesite a contactar-nos internetgeral@medialivre.pt ou para 210 494 000
O Correio da Manhã oferece nos seus artigos um espaço de comentário, que considera essencial para reflexão, debate e livre veiculação de opiniões e ideias e apela aos Leitores que sigam as regras básicas de uma convivência sã e de respeito pelos outros, promovendo um ambiente de respeito e fair-play.
Só após a atenta leitura das regras abaixo e posterior aceitação expressa será possível efectuar comentários às notícias publicados no Correio da Manhã.
A possibilidade de efetuar comentários neste espaço está limitada a Leitores registados e Leitores assinantes do Correio da Manhã Premium (“Leitor”).
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes disponíveis.
O Leitor permanecerá o proprietário dos conteúdos que submeta ao Correio da Manhã e ao enviar tais conteúdos concede ao Correio da Manhã uma licença, gratuita, irrevogável, transmissível, exclusiva e perpétua para a utilização dos referidos conteúdos, em qualquer suporte ou formato atualmente existente no mercado ou que venha a surgir.
O Leitor obriga-se a garantir que os conteúdos que submete nos espaços de comentários do Correio da Manhã não são obscenos, ofensivos ou geradores de responsabilidade civil ou criminal e não violam o direito de propriedade intelectual de terceiros. O Leitor compromete-se, nomeadamente, a não utilizar os espaços de comentários do Correio da Manhã para: (i) fins comerciais, nomeadamente, difundindo mensagens publicitárias nos comentários ou em outros espaços, fora daqueles especificamente destinados à publicidade contratada nos termos adequados; (ii) difundir conteúdos de ódio, racismo, xenofobia ou discriminação ou que, de um modo geral, incentivem a violência ou a prática de atos ilícitos; (iii) difundir conteúdos que, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, tenham como objetivo, finalidade, resultado, consequência ou intenção, humilhar, denegrir ou atingir o bom-nome e reputação de terceiros.
O Leitor reconhece expressamente que é exclusivamente responsável pelo pagamento de quaisquer coimas, custas, encargos, multas, penalizações, indemnizações ou outros montantes que advenham da publicação dos seus comentários nos espaços de comentários do Correio da Manhã.
O Leitor reconhece que o Correio da Manhã não está obrigado a monitorizar, editar ou pré-visualizar os conteúdos ou comentários que são partilhados pelos Leitores nos seus espaços de comentário. No entanto, a redação do Correio da Manhã, reserva-se o direito de fazer uma pré-avaliação e não publicar comentários que não respeitem as presentes Regras.
Todos os comentários ou conteúdos que venham a ser partilhados pelo Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã constituem a opinião exclusiva e única do seu autor, que só a este vincula e não refletem a opinião ou posição do Correio da Manhã ou de terceiros. O facto de um conteúdo ter sido difundido por um Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã não pressupõe, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, que o Correio da Manhã teve qualquer conhecimento prévio do mesmo e muito menos que concorde, valide ou suporte o seu conteúdo.
ComportamentoO Correio da Manhã pode, em caso de violação das presentes Regras, suspender por tempo determinado, indeterminado ou mesmo proibir permanentemente a possibilidade de comentar, independentemente de ser assinante do Correio da Manhã Premium ou da sua classificação.
O Correio da Manhã reserva-se ao direito de apagar de imediato e sem qualquer aviso ou notificação prévia os comentários dos Leitores que não cumpram estas regras.
O Correio da Manhã ocultará de forma automática todos os comentários uma semana após a publicação dos mesmos.
Para usar esta funcionalidade deverá efetuar login.
Caso não esteja registado no site do Correio da Manhã, efetue o seu registo gratuito.
Escrever um comentário no CM é um convite ao respeito mútuo e à civilidade. Nunca censuramos posições políticas, mas somos inflexiveis com quaisquer agressões. Conheça as
Inicie sessão ou registe-se para comentar.