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Juntos pela Catalunha não abdica de investir Puigdemont

Separatistas dizem que Parlamento Autonómico “não pode mudar o voto das pessoas”.

31 de dezembro de 2017 às 01:30

O partido independentista Juntos pela Catalunha (JuntsxCat) insistiu ontem na nomeação de Carles Puigdemont como presidente do futuro governo catalão, argumentando que o Parlamento Autonómico "não pode mudar o voto das pessoas", que deu maioria parlamentar aos partidos separatistas.

"O presidente Puigdemont foi o grande vencedor das eleições. Não podemos aceitar que se impeça a vontade democrática das pessoas", afirma o partido num comunicado em que defende mais uma vez a legitimidade de Puigdemont para ocupar o cargo, apesar de se encontrar refugiado em Bruxelas e arriscar ser detido assim que voltar a pisar solo espanhol. Nesse sentido, os separatistas apelam mais uma vez à Justiça para retirar o mandado de detenção sobre o ex- -presidente da Generalitat e ao governo de Madrid para permitir a sua investidura.

Os independentistas admitiram esta semana que estão a estudar possíveis alternativas para que Puigdemont possa governar à distância, a partir do estrangeiro, se o governo não permitir o seu regresso, e descartaram qualquer possibilidade de que ele possa ser substituído pelo anterior ‘número dois’ da Generalitat, Oriol Junqueras, líder da Esquerda Republicana, no caso de este ser libertado da prisão preventiva a que se encontra sujeito.

Recorde-se que o partido conservador Cidadãos, liderado por Inés Arrimadas, foi a formação mais votada nas eleições autonómicas do passado dia 21, mas não tem uma maioria que lhe permita governar, ao passo que os três partidos separatistas - JuntsxCat, Esquerda Republicana e CUP - têm maioria absoluta no Parlamento Autonómico. Apesar disso, Arrimadas insistiu ontem que tentará formar um governo minoritário, embora sabendo que as hipóteses de ser bem-sucedida são nulas perante a oposição do bloco separatista.

"Realidade paralela"

A líder do Cidadãos na Catalunha, Inés Arrimadas, disse ontem que Puigdemont vive numa "realidade paralela" e "continua a acreditar que é o presidente do governo da Catalunha". "O independentismo está fora da lei e da realidade. As pessoas querem o regresso à normalidade", defendeu.

Polícias deixam a região

As últimas unidades da Polícia Nacional e da Guardia Civil enviadas para a Catalunha para reforçar a segurança devido ao referendo independentista ilegal de outubro deixaram ontem a região.

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