Candidata democrata condena comentários misóginos de Donald Trump, que podem impactar decisivamente o voto das mulheres. Republicano tenta atrair hispânicos em comício no Novo México, estado em que sondagens dão vitória à vice-presidente norte-americana.
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As ameaças aos direitos e liberdades das mulheres, como o direito ao aborto, podem ter um impacto decisivo entre o eleitorado feminino. Depois de Donald Trump ter dito que se tornaria o protetor das mulheres, “quer elas queiram, quer não”, Kamala Harris acusa-o de não respeitar a liberdade e a inteligência das mulheres. “Ele não acredita que as mulheres devam ter a capacidade e a autoridade para tomarem decisões sobre o seu próprio corpo. É o mesmo homem que disse que as mulheres deviam ser castigadas pelas suas escolhas. Ele simplesmente não respeita a liberdade ou a inteligência das mulheres para saberem o que é o seu melhor interesse e tomarem decisões em função disso”, disse. A vice-presidente dos EUA considerou as declarações do rival “muito ofensivas”. Já num evento no estado decisivo do Wisconsin tinha lembrado o historial de casos de abuso sexual de Trump com várias mulheres.
Documentos
Divisões do eleitorado Harris-TrumpSegundo uma sondagem do ‘New York Times’ e Siena College, Kamala mantém uma vantagem de 15 pontos percentuais entre eleitoras, enquanto Trump tem uma diferença de 11 pontos nos eleitores masculinos. Nas camadas mais jovens, a democrata atinge os 69% nas mulheres com idades entre os 18 e os 29 anos. Depois de Beyoncé, foi a vez da cantora Jennifer Lopez surgir num comício de Kamala, onde pediu às mulheres e aos latinos que votem na atual vice-presidente nas eleições da próxima terça-feira.
Ato eleitoral onde o candidato republicano quer uma vitória esmagadora, para que não haja manipulação de resultados. Trump deslocou-se na quinta-feira até ao Novo México, um estado onde perdeu por 10 pontos percentuais nas eleições de 2020 e voltou a agitar o fantasma da fraude eleitoral. “Todos disseram: ‘Não venhas. Não vais conseguir vencer no Novo México.’ Eu disse: ‘Olha, os vossos votos são manipulados. Nós podemos vencer no Novo México”, afirmou. Além das alegações de manipulação, o candidato republicano à Casa Branca procurou atrair os eleitores hispânicos. “Os hispânicos adoram Donald Trump. Amo os hispânicos. São muito trabalhadores e empreendedores, são grandes pessoas. E são carinhosos, às vezes carinhosos demais, para dizer a verdade”, acrescentou.
O ex-Presidente dos EUA nunca reconheceu a derrota em 2020 e já começou a falar em “fraude eleitoral” na Pensilvânia, um dos estados mais disputados, onde as sondagens apontam, neste momento, para um empate.
Diferentes eleitorados
Cerca de 68% dos eleitores negros vão votar em Kamala Harris, contra apenas 12% dos que escolhem Donald Trump, de acordo com a sondagem Reuters/Ipsos. Uma distância que se acentua se apenas considerarmos as mulheres negras, onde a vice-presidente e candidata democrata à Casa Branca esmaga o seu adversário republicano (73% contra 7%). Ao invés, o ex-Presidente norte-americano domina entre os eleitores brancos (50% contra 40%) ainda que por números menos expressivos. Ainda assim, consegue uma diferença substancial se apenas tivermos em conta os homens brancos (54% contra 36%). Todos estes elementos são objeto de análise cuidada e pormenorizada por parte das campanhas de Kamala e Trump, adaptando os discursos e procurando ‘roubar’ eleitores ao adversário nos segmentos onde apresentam maiores dificuldades. Numas eleições disputadas taco a taco, uma pequena variação pode ser a diferença entre ganhar e perder.
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