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Correio da Manhã

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Kate McCann vive para os filhos gémeos

Mãe de Madeleine tem um olhar vazio. A sua rotina anda agora à volta das necessidades de Amelie e Sean.
Tânia Laranjo e Diana Cardoso 31 de Março de 2023 às 01:30
Maddie desapareceu em 2007. Tinha 3 anos
Maddie desapareceu em 2007. Tinha 3 anos FOTO: cmtv
Kate McCann é uma mulher triste. O olhar vazio persegue-a, a troca de palavras com o CM é curta e marcada pela desilusão. Não quer explicar porque não fez o teste de ADN que poderia dizer se a polaca Julia Faustyna era ou não Madeleine, não quer falar do processo em que se procura a filha e diz que está tudo nas mãos dos investigadores ingleses. “Não falo”, repete, num discurso não muito diferente de Gerry, que também recusa explicar a ausência de testes comparativos com o ADN da jovem polaca.

Kate vive agora em exclusivo para os filhos gémeos. Sean e Amelie tinham dois anos quando a irmã desapareceu, em 2007. Estavam os três no quarto do Algarve, mas os mais novos aparentemente dormiam quando o rapto terá acontecido. Ninguém sabe se têm memórias daquela noite, se se aperceberam do que estava a acontecer.

Em Leicester, onde mora a família, Kate marca as suas rotinas pelas necessidades dos filhos, agora com 18 anos. É ela quem os vai levar e buscar ao colégio católico que até hoje tem uma vaga guardada para o regresso de Maddie. É também ela quem leva Sean ao ginásio para se preparar para as provas de triatlo ou acompanha Amelie nas suas aulas de condução.

Gerry, por seu turno, tem uma vida mais agitada. Está a dar aulas numa universidade, desenvolve um estudo sobre problemas cardíacos e é médico num dos hospitais centrais. Sai muitas vezes de casa manhã cedo e só regressa à noite. Há dias em que faz turnos de 24 horas que levam a que não veja os filhos durante longos períodos.

PORMENORES
São parecidas
Amelie e Julia têm várias semelhanças físicas. A comparação do rosto da irmã de Maddie com a jovem polaca é inevitável.

é voluntária
Kate é voluntária em hospitais. A mãe de Maddie vai por vezes trabalhar durante a manhã, mas não falha o acompanhamento aos filhos.

‘Presa’ nos EUA
Julia diz que quer regressar à Polónia mas que está a ser travada por Fia, a vidente americana que disse que a queria ajudar. A jovem diz que se sente presa.
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