Líder trabalhista britânico promete apresentar demissão se for multado por violar confinamento
Escândalo ‘Partygate’ também chegou ao maior partido da oposição britânica. Keir Starmer está a ser investigado.
Ricardo Ramos
10 de Maio de 2022 às 16:21
O líder da oposição trabalhista britânica prometeu esta segunda-feira apresentar a demissão se for multado pela polícia por violar as regras do confinamento. “Os meus princípios não são os mesmos do primeiro-ministro”, frisou Keir Starmer, que tem apelado repetidamente à demissão de Boris Johnson por causa das festas ilegais realizadas em Downing Street durante o confinamento.
“Se a polícia decidir multar-me, claro que tomarei a decisão correta e pedirei a demissão. O público britânico merece ter políticos que consideram que as regras também se aplicam a eles. Não somos todos iguais”, disse Starmer. O líder trabalhista soube na semana passada que estava a ser investigado pela Scotland Yard por ter, alegadamente, violado as regras do confinamento ao partilhar uma refeição com colegas do partido durante uma visita de trabalho a Durham, em abril do ano passado. Na altura, os britânicos estavam proibidos de socializar com pessoas fora do seu agregado familiar, mas Starmer foi filmado a partilhar uma cerveja e uma refeição ‘takeaway’ com vários colegas, incluindo a vice-líder trabalhista, Angela Rayner, que também prometeu demitir-se se for multada. Ambos garantem que não violaram as regras, uma vez que se tratava de uma reunião de trabalho.
Recorde-se que Boris Johnson recusou pedir a demissão após ser multado por violar as regras do confinamento em junho de 2020, quando celebrou o aniversário com membros do seu gabinete na residência oficial.
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