A edição de hoje
48% dos inquiridos reprova o atual presidente do Brasil.
O presidente brasileiro, Lula da Silva, iniciou esta semana a segunda metade do seu terceiro mandato presidencial com uma reprovação recorde à sua gestão. Desagradando nestes dois primeiros anos do seu terceiro mandato presidencial tanto a opositores, o que seria normal, quanto até a aliados, Lula, de 79 anos, suscita todo o tipo de rumores ao mostrar-se omisso, hesitante, o que nunca foi uma característica sua, ao errar decisões, ao criar incidentes com governos de outros países, ao permitir uma interferência escandalosa da mulher, Rosângela da Silva, em assuntos de Estado e, acima de tudo, ao não conseguir conter os preços.
Uma sondagem realizada pelo Instituto Poderdata, do site Poder360, especializado em política, revelou que Lula da Silva é reprovado por 48% dos brasileiros, o maior índice de rejeição que ele já teve ao longo dos seus mandatos como presidente. Os que o aprovam ainda são 45%, mas há uma clara tendência de queda neste quesito.
Ainda de acordo com o Poderdata, desde que Lula iniciou o seu terceiro mandato presidencial, em 1 de janeiro de 2023, o percentual dos que o aprovam caiu 7 pontos. Já o percentual dos que o reprovam subiu 9 pontos, e nada do que o veterano político tem tentado fazer para aumentar a sua popularidade tem dado certo, o que coloca em risco o seu projeto de se candidatar à reeleição nas presidenciais de 2026.
A reprovação ao trabalho de Lula só não foi ainda maior porque no Nordeste, a região mais pobre do Brasil e onde ele tem o seu principal reduto eleitoral, a maioria, 53% ainda aprova o presidente. Na média dos dados coletados em todo o país, o apoio dos nordestinos evitou uma derrocada ainda maior, mas há outros institutos de opinião pública que atribuem uma aprovação de somente 24% à atuação pessoal de Lula.
Ainda de acordo com o Instituto Poderdata, somente 37% dos brasileiros avaliam o governo de Lula da Silva como melhor do que o do seu polémico antecessor, Jair Bolsonaro. E, o que fez acender um alerta incómodo no partido de Lula, o Partido dos Trabalhadores, no governo e na esquerda, 18% dos que votaram em Lula nas presidenciais de 2022 afirmam hoje que estão tão dececionados que não voltarão a votar nele.
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