O presidente brasileiro, Lula da Silva, de 77 anos, vai ser submetido esta sexta-feira em Brasília a uma artroplastia no quadril, uma intervenção cirúrgica que visa corrigir uma necrose na cabeça do fémur direito que lhe provoca dores há meses. Após a cirurgia, Lula deve ficar hospitalizado por quatro ou cinco dias, e depois ficará em recuperação por mais três semanas na residência oficial, o Palácio da Alvorada, também na capital federal brasileira.
A cirurgia, que deve durar aproximadamente duas horas, vai decorrer no Hospital Sírio Libanês de Brasília, um sofisticado hospital particular na capital do país. Uma equipa de 20 médicos famosos e outros profissionais de saúde da sede do grupo, o Hospital Sírio Libanês de São Paulo, viajou especialmente a Brasília para atender o presidente, para que ele após a cirurgia não tivesse de fazer a viagem entre as duas cidades.
Em Julho, Lula subemeteu-se no Sírio Libanês de São Paulo a dois procedimentos para reduzir as dores. Primeiro fez uma infiltração no local da necrose, e dias depois, no mesmo hospital, submeteu-se a uma denervação, procedimento que consiste em desativar alguns terminais nervosos no local afetado.
Nas três primeiras semanas após a intervenção cirúrgica, Lula despachará com ministros e assessores do Palácio da Alvorada, onde foi montado um gabinete presidencial temporário. Após esse periodo, durante o qual terá de usar andador para se locomover dentro da residência oficial, Lula voltará a cumprir agenda no Palácio do Planalto, sede da presidência da República, mas não poderá viajar por mais outras três semanas, até à recuperação total.
A estimativa da assessoria de Lula é que ele só retome as viagens internacionais, que têm marcado este primeiro ano do seu terceiro mandato presidencial, no final de Novembro. Nessa altura, o veterano presidente brasileiro deve ir aos Emirados Árabes Unidos para participar na cimeira ambiental COP28, e no regresso ao Brasil fará uma paragem na Alemanha para cumprir nova agenda oficial nesse país.