Foi a primeira vez desde a divulgação de acusações feitas contra o antigo presidente que Lula tocou no assunto do golpe de Estado que supostamente Jair Bolsonaro planeou em 2022.
O presidente brasileiro, Lula da Silva, classificou esta segunda-feira o seu antecessor, Jair Bolsonaro, como "um cobardão", que após perder as presidenciais de 2022 ficou em casa a chorar durante quase um mês e depois fugiu para os Estados Unidos, para onde o antigo presidente viajou um dia antes do fim do mandato temendo ser preso. Lula desferiu o forte ataque no início de uma reunião do Conselho de Ministros que convocou para mostrar ao país as realizações do seu governo e tentar reverter a forte tendência de queda de popularidade evidenciada em duas sondagens divulgadas na semana passada.
"Não teve golpe não só porque algumas pessoas que estavam no comando das Forças Armadas não quiseram fazer, não aceitaram a ideia do ex-presidente, mas também porque o ex-presidente é um "cobardão". Ele não teve coragem de executar o que planeou, ficou dentro de casa, aqui no palácio, a chorar por quase um mês, e depois preferiu fugir para os EUA do que fazer o que tinha prometido.", referiu Lula no seu discurso aos ministros e ao país, já que o começo da reunião foi transmitido ao vivo pelas principais emissoras televisivas de notícias.
Foi a primeira vez desde a divulgação de acusações feitas contra o antigo presidente por comandantes militares que Lula da Silva tocou no assunto do golpe de Estado que supostamente Jair Bolsonaro planeou em 2022, para se manter no poder com o apoio das Forças Armadas depois de ter perdido a sua tentativa de reeleição nas presidenciais daquele ano. Em depoimentos que o Supremo Tribunal Federal (STF) tornou públicos na passada sexta-feira, os ex-comandantes do Exército, general Freire Gomes, e da Força Aérea, tenente-brigadeiro Batista Júnior, confirmaram que Bolsonaro os pressionou para darem um golpe de Estado, que, na versão dada por eles na investigação, só não aconteceu porque ambos se recusaram a participar na intentona, apoiada somente pelo então comandante da Marinha, almirante Almir Garnier.
Os ataques de Lula a Jair Bolsonaro esta segunda-feira foram fortemente criticados pela imprensa logo após terem sido desferidos, pois eles foram feitos na ocasião errada e, com certeza, vão roubar o protagonismo e o espaço nos noticiários que deveria ser ocupado pelas medidas e ações realmente concretizadas com sucesso pelo governo. A tática de Lula, no entanto, é essa mesma, apostar na polarização entre si e Bolsonaro, usando a velha estratégia do "nós contra eles", visando conquistar votos de pessoas que não são eleitores seus mas detestam Bolsonaro e ajudar aliados do governo nas eleições municipais no próximo outubro.
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