page view

Mais de 800 professores regressaram aos distritos afetados pela violência armada em Cabo Delgado

Província de Cabo Delgado enfrenta há quase seis anos uma insurgência armada com alguns ataques reclamados pelo grupo extremista Estado Islâmico.

13 de julho de 2023 às 15:19

Mais de 800 professores regressaram aos distritos afetados pela violência armada em Cabo Delgado, no norte de Moçambique, devido à melhoria da segurança nas regiões, anunciou hoje fonte oficial.

O distrito de Mocímboa da Praia conta com 407 professores regressados, Palma com 205 e Quissanga com 203, todos em distritos do norte de Cabo Delgado, afetados pelos ataques armados, disse Ivaldo Quincardete, diretor provincial da Educação e Desenvolvimento Humano na província.

O responsável falava na cidade de Pemba, capital provincial, durante a abertura da terceira reunião provincial de planificação do setor.

Segundo Quincardete, 61 escolas encerradas devido à violência nos três distritos retomaram as aulas neste ano letivo.

"Saúdo aos professores que mesmo em situações adversas impostas pelas calamidades naturais e pelos ataques terroristas trabalham dia após dia sem medir esforços e sacrifícios para garantir que o processo de ensino e aprendizagem decorra num ambiente seguro", referiu o diretor.

Um total de 104 escolas, 382 salas de aulas, 54 blocos administrativos, 23 residências de professores e cinco edifícios dos serviços distritais de educação foram destruídos na sequência dos ataques armados em Cabo Delgado, indicam os mais recentes dados do Ministério da Educação de Moçambique.

A província de Cabo Delgado enfrenta há quase seis anos uma insurgência armada com alguns ataques reclamados pelo grupo extremista Estado Islâmico.

A insurgência levou a uma resposta militar desde julho de 2021, com apoio do Ruanda e da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC), libertando distritos junto aos projetos de gás, mas surgiram novas vagas de ataques a sul de região e na vizinha província de Nampula.

O conflito já fez um milhão de deslocados, de acordo com Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), e cerca de 4000 mortes, segundo o projeto de registo de conflitos ACLED.

Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?

Envie para geral@cmjornal.pt

o que achou desta notícia?

concordam consigo

Logo CM

Newsletter - Exclusivos

As suas notícias acompanhadas ao detalhe.

Mais Lidas

Ouça a Correio da Manhã Rádio nas frequências - Lisboa 90.4 // Porto 94.8