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Polícia usa granadas contra professores em greve

Número de feridos ultrapassa os 200.
Domingos Grilo Serrinha e correspondente no Brasil 30 de Abril de 2015 às 00:28
Confronto entre manifestantes e a Polícia Militar no Brasil
Confronto entre manifestantes e a Polícia Militar no Brasil FOTO: D.R.

Mais de 200 professores ficaram feridos após uma ação policial muito violenta, nesta quarta-feira, em Curitiba, capital do estado brasileiro do Paraná, no sul do país. Os docentes, que estão em greve e pretendiam assistir na Assembleia Legislativa à votação que alterou o regime de segurança social, foram impedidos de chegar perto do parlamento regional pela polícia. As autoridades recorreram a violência, granadas de gás lacrimogéneo, balas de borracha e até cães.

De acordo com números divulgados pela Câmara Municipal de Curitiba, pelo menos 213 professores ficaram feridos e foram levados para hospitais da cidade. A violência da ação policial, que durou cerca de duas horas, foi também, como vem sendo hábito nas manifestações no Brasil, contra a imprensa, apesar de identificada.

Um repórter da TV Bandeirantes, atacado por um cão polícia atiçado pelo agente que o comandava, sofreu ferimentos graves e precisou de ser operado. Segundo professores ligados ao movimento grevista, o número de feridos pode ser muito maior, pois as pessoas foram levadas para diversos hospitais, dificultando uma estimativa mais correta.

Segundo a Secretaria de Segurança Pública do Paraná, a tropa de choque teve que agir, uma vez que a multidão de professores aproximou-se excessivamente da Assembleia Legislativa, onde os deputados regionais votavam as mudanças previdenciárias, e realçou que 20 agentes também ficaram feridos no confronto. Os professores entraram em greve no sábado, dia 25, para protestarem contra a mudança no seu regime próprio de segurança social, que era totalmente custeado pelo governo regional mas que agora tem que ser custeado também pelos docentes.
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