A Dinamarca quer que os migrantes trabalhem 37 horas por semana para terem direito aos apoios sociais.
O programa apresentado pelo governo dinamarquês é dirigido a quem tenha beneficiado de ajudas estatais nos últimos três ou quatro anos e ainda não tenham atingido um certo nível de conhecimento em dinamarquês.
A primeira-ministra dinamarquesa, Mette Frederiksen, anunciou que as novas medidas aplicam-se a mulheres de "origem não ocidental". Estima-se que seis em cada dez mulheres do Médio Oriente, Norte de África e Turquia a residir na Dinamarca não trabalham.
Este anúncio do governo da Dinamarca surge na sequência de outras políticas adotadas para limitar a imigração para o país, que tem algumas das regras mais apertadas da Europa e definiu como meta zero os pedidos de asilo.
O governo dinamarquês afirmou que este novo plano foi desenhado para facilitar a integração dos migrantes.
"Queremos introduzir uma nova lógica de trabalho em que as pessoas têm o dever de contribuir e ser úteis e, se não conseguirem encontrar um emprego regular, terão que trabalhar pelo seu sustento", disse Frederiksen, citada pela BBC.
"Por muitos anos, prestamos um péssimo serviço a muitas pessoas ao não exigir nada delas", acrecsentou.
Desde que Frederiksen assumiu o poder, em 2019, os pedidos de asilo para o país caíram a pique. Entre 1 de janeiro e 31 de julho foram recebidos no país apenas 851. Em 2015, chegaram à Dinamarca 21 000 migrantes.